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Esquema de apostas: MP não descarta participação de outros jogadores do Brasileirão

CPI ouve autoridades do MPGO. Órgão denunciou 16 pessoas por fraudes no Brasileirão e em campeonatos estaduais

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Fernando Cesconetto, promotor do MPGO
1 de 1 Fernando Cesconetto, promotor do MPGO - Foto: Reprodução

O promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás (MPGO), Fernando Cesconetto, afirmou, nesta terça-feira (30/5), que o órgão não descarta participação de outros jogadores em esquemas de fraudes em jogos do Brasileirão. A declaração foi dada em audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura manipulação em partidas de futebol.

Até o momento, o MPGO denunciou 16 pessoas por fraudes em 13 partidas de futebol na série A do Brasileirão e em campeonatos estaduais de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Do total de denunciados, oito são atletas. Segundo o promotor, outros jogadores podem ter participado das fraudes.

“Nós dizemos que continuamos com a investigação porque não descartamos que tenham outras pessoas envolvidas que possamos identificar para integrar esses mesmos núcleos. Outros crimes, outros episódios de corrupção no âmbito esportivo na série A. Lembrando que a nossa investigação se delimita no segundo semestre de 2022 em diante”, disse aos deputados.

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Cyro Peres, procurador do MPGO
Fernando Cesconetto, promotor do MPGO
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Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova

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Cyro Peres, procurador do MPGO

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Fernando Cesconetto, promotor do MPGO

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Estaduais

O MPGO já deflagrou duas fases da Operação Penalidade Máxima, que investiga os casos. De acordo com Cesconetto, quando a segunda etapa da apuração foi instaurada, a organização criminosa estava em articulação para iniciar novas fraudes.

“Quando deflagramos a segunda fase [da Operação Penalidade Máxima] foi possível notar que os apostadores estavam se organizando para tentar fraudar novos eventos, novos jogos na série A”, afirmou o promotor.

Cesconetto também ressaltou que há indicativos de manipulação em outros campeonatos estaduais neste ano, além dos torneios paulista e gaúcho.

“Ainda estamos aprofundando para prosseguir. Denúncias, não, mas indicativos e conversas, sim, em 2023. Há também material referência a atletas. Esse material será objeto de estudo”, revelou o promotor.

CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga manipulação de resultados envolvendo esquema de apostas em jogos de futebol ouve, nesta terça-feira (30/5), autoridades do Ministério Público de Goiás (MPGO) e o presidente do Vila Nova Futebol Clube.

Participam da audiência na Câmara dos Deputados, o procurador-geral e o promotor de Justiça do MPGO, Cyro Terra Peres e Fernando Cesconetto, respectivamente.

Eles fazem parte das ações da Operação Penalidade Máxima, do MPGO, que ganhou destaque nos últimos meses após a denúncia de 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol.

Além disso, a comissão ouve o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, responsável por identificar um caso de fraude no time e denunciar às autoridades.

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