CPI: Malta cita “infiltrados” no 8/1 e bate boca com Eliziane Gama. Veja vídeo
Malta e a senadora Eliziane Gama (PSD) tem desavença durante fala de Magno a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) de 8/1
atualizado
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Houve bate-boca entre os senadores Magno Malta (PL-ES) e Eliziane Gama (PSD-MA) durante o depoimento do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de Janeiro, nesta terça-feira (1º/8). Os ânimos esquentaram quando Malta reclamou que os bolsonaristas são frequentemente apontados como os responsáveis pelo quebra-quebra nos Três Poederes. E citou o golpista que destruiu o relógio de Dom João VI, que, segundo ele, é um “infiltrado do MST”.
Eliziane, relatora da CPMI, interrompeu o raciocínio do senador, ao dizer que ele “desinforma na comissão” e espalha fake news. “Quer a palavra, eu te dou, toma”, reagiu o senador. “Não é ave, Maria, não, mas é cheia de graça. Não toquei no seu nome”, completou.
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (PP-BA), pôs panos quentes na situação e devolveu a palavra a Malta.
Veja aqui o bate-boca.
Alerta por zap
Em depoimento à CPMI, o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha afirmou que o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi alertado no WhatsApp sobre os possíveis ataques antidemocráticos em Brasília.
O Metrópoles transmite a CPI. Clique aqui.
Cunha acabou exonerado do cargo da diretoria da Abin em março e, em abril, escolhido pelo presidente Lula para chefiar a assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do GSI. Ele assumiu as funções no GSI em 13 de abril. No dia 19, uma semana depois, foram divulgadas imagens do então ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto durante a invasão de 8/1.
A convocação à CPI foi pedida por quatro parlamentares da oposição: senador Magno Malta (PL-ES), deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado Marco Feliciano (PL-RJ) e deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), sob a justificativa de que ele era diretor adjunto da Abin no dia dos atos antidemocráticos.