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CPI do 8/1 voltará do recesso com foco na Abin e Anderson Torres

Com o recesso branco do Congresso Nacional, CPI do 8/1 retoma os trabalhos depois de 31 de julho

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1 de 1 Imagem colorida mostra Instalação da CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Iniciado o recesso parlamentar no Congresso Nacional na última segunda-feira (17/7), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro pausa os trabalhos por duas semanas e volta após 31 de julho, com foco em rastrear os financiadores dos atos antidemocráticos e ouvir os ex-ministros Anderson Torres e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Durante as últimas sessões do colegiado, seis pessoas foram ouvidas pelos deputados e senadores da CPI (relembre abaixo). Entre elas, três ex-funcionários do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com a volta das oitivas, o ex-diretor-adjunto da Abin Saulo Moura da Cunha, exonerado pelo presidente Lula em junho, deve entrar na mira dos convocados.

O objetivo também é marcar os depoimentos daqueles que já tiveram o requerimento de audiência aprovado pela comissão. Neste caso, entra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do DF. O pedido para ouvir Torres foi aprovado no começo de junho, mas ainda não houve movimentações para uma data.

Entre os ex-gestores de Bolsonaro, também estão à mercê de uma marcação para oitiva, Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI.

Relembre os depoimentos

20/06 – Parlamentares ouvem o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, investigado pelo Ministério Público Federal devido a uma operação da PRF realizada nas estradas durante o domingo das eleições presidenciais, já no segundo turno, disputado entre Lula e Bolsonaro.

22/06 – Renato Carrijo, perito da Polícia Civil do Distrito Federal e Leonardo de Castro, delegado da PCDF, prestam esclarecimentos sobre bomba plantada em um caminhão próximo ao Aeroporto de Brasília.

22/06 – George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado, presta depoimento. Ele foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão. Na CPI ficou em silêncio durante toda oitiva.

26/06 – Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi ouvido sobre o 12 de janeiro, quando manifestantes depredaram diversos ônibus na capital e tentaram invadir o edifício sede da Polícia Federal.

27/06 – CPI colhe depoimento do coronel do Exército Jean Lawand Júnior. O militar trocou mensagens com Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, sobre um possível golpe de estado contra o resultado das eleições de 2022.

11/07 – Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro depõe à CPI. Ele foi preso no dia 3 de maio na Operação Venire, que apura suposto esquema de fraudes nos cartões de vacinação. Cid é considerado uma das peças-chaves para as investigações sobre os ataques do 8 de Janeiro, mas ficou em silêncio durante toda oitiva.

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