CPI do 8/1 rejeita convocação de ex-comandante da Força Nacional
Rejeição do requerimento de convocação do representante da Força Nacional representa mais uma derrota da oposição na CPMI
atualizado
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional rejeitou, nesta terça-feira (3/10), a convocação do coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional. A derrubada do requerimento representa uma vitória para o governo no colegiado.
A votação da convocação de Sandro era desejada pela oposição há semanas. Por falta de acordo entre os parlamentares da CPMI, no entanto, Arthur Maia (União-BA), presidente da comissão, ainda não havia pautado o requerimento.
Nesta terça, no entanto, Maia se irritou com reclamações da base governista. O deputado Rogério Correia (PT-MG) questionou as razões pelas quais o depoimento de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa da gestão Jair Bolsonaro (PL), foi adiado. A oitiva estava prevista para quinta-feira (5/10).
Maia ressaltou que tem tentado pautar os requerimentos e marcar as oitivas após acordos firmados entre oposição e governo. O presidente da CPMI disse, no entanto, que não é responsável pela falta de consenso entre as partes.
“Não posso chegar aqui e ver alguns deputados do governo jogarem pra cima de mim uma responsabilidade que eu não tenho”, afirmou Maia. Depois, ele pautou o requerimento de convocação de Sandro Queiroz.
Apesar da comemoração da oposição com a análise do pedido, apresentado pelo deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), o requerimento foi rejeitado. O placar foi de 14 votos contrários à convocação e 10 favoráveis, com quórum de 25 parlamentares — incluindo o presidente do colegiado, que não participa das votações.
Força Nacional
Sandro Augusto de Sales Queiroz chefiava o Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional na época dos ataques golpistas em Brasília. A oposição defende que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi omisso ao não acionar a Força Nacional de imediato em meio aos ataques.
Do outro lado, parlamentares da base governista alegam que era responsabilidade do governo do Distrito Federal autorizar a atuação da Força Nacional no combate aos ataques.