CPI do 8/1 pedirá quebra de e-mail de Mauro Cid em depoimento nesta 3ª
Ideia é não depender do depoimento de Mauro Cid nas investigações da CPI, já que ele conseguiu o direito de ficar calado por decisão do STF
atualizado
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A senadora Eliziane Gama (PSD/MA), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (foto em destaque), solicitou ao deputado Arthur Maia (União Brasil/BA) uma sessão extra, nesta terça-feira (11/7), com o intuito de votar a quebra de sigilo de e-mail de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) — o depoimento de hoje começa às 9h.
CPI do 8/1 retoma trabalhos com depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
A relatora deseja ter acesso ao e-mail institucional utilizado por Mauro Cid durante a época em que integrou a equipe da Presidência da República.
É possível que a sessão extra desta terça faça uma série de quebras de sigilo, já que a solicitação da relatora vem no mesmo dia em que o deputado Duarte Jr (PSB-MA) confirmou que também quer votar a quebra do sigilo bancário de Mauro Cid.
Essas solicitações ocorrem após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro conseguir, por meio de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de permanecer calado durante a CPMI. Isso faz com que, caso as quebras sejam aprovadas, a CPI não dependa do depoimento dele para avançar as investigações sobre os atos antidemocráticos praticados na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Sobre Mauro Cid
Mauro Cid está preso desde 3 de maio. Ele é considerado uma das peças-chaves para as investigações sobre os ataques do 8 de janeiro.
O tenente-coronel é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-presidente no curso de formação de oficiais do Exército. Em 2018, Cid foi designado como assessor de Bolsonaro.
A CPI do 8 de janeiro
Popularmente conhecida como CPMI dos atos golpistas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi instalada após o quebra-quebra e tentativa de golpe em 8 de janeiro deste ano.