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CPI do 8/1: ex-diretor da Abin pode finalmente solucionar enigma dos relatórios de WhatsApp

Oposição diz que Dino recebeu alerta e foi omisso, mas governo nega e fala que ainda estava organizando a casa. Ex-Abin é ouvido na CPI

atualizado

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Montagem/Leonardo Prado/Câmara dos Deputados
Montagem com foto do ex-presidente da Abin Saulo Moura e logo do WhatsApp - Metrópoles
1 de 1 Montagem com foto do ex-presidente da Abin Saulo Moura e logo do WhatsApp - Metrópoles - Foto: Montagem/Leonardo Prado/Câmara dos Deputados

O depoimento do ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura os atos golpistas de 8 de janeiro, pode ajudar a responder se houve ou não omissão do governo federal. Caso indique, também pode ajudar a esclarecer quem foi omisso.

Uma das questões mais apontadas pela oposição são os relatórios da Abin que já alertavam sobre os riscos dos atos bolsonaristas, ainda em 6 de janeiro, dois dias antes das sedes dos Três Poderes serem invadidas e destruídas.

Por várias vezes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi acusado pela oposição de ter recebido esses relatórios e ter sido omisso. Ele sempre negou que tenha recebido tais relatórios.

Relatórios por WhatsApp

Em abril, o próprio ministro revelou ao Metrópoles que esses relatórios da Abin eram enviados por WhatsApp e garantiu que os arquivos não chegaram ao seu conhecimento a tempo.

Veja o vídeo:

“Eu não conheço esse grupo (de WhatsApp) da Abin, realmente eu não conheço. Mas talvez nem tivessem os nomes das pessoas (do novo governo), porque o governo tinha uma semana. Eu não sei informar realmente”, disse o ministro em 10 de abril ao Metrópoles Entrevista.

Acontece que esses relatórios chegaram, sim, no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), mais especificamente para a Diretoria de Inteligência, segundo relatório repassado por congressistas para a Folha de S.Paulo no final de abril.

Mistério

Só não está claro quem da Diretoria de Inteligência recebeu esses relatórios alertando para 8/1. Isso porque ainda não havia uma pessoa nomeada para a direção de Inteligência do MJSP.

A delegada Marília Ferreira de Alencar foi exonerada da Diretoria de Inteligência em 1º de janeiro e o delegado Carlos Eduardo Miguel Sobral só foi assumir a Inteligência do MJSP em 10 de fevereiro, mais de um mês depois dos ataques.

Também não está claro o motivo da atual gestão da Abin não ter sanado essa dúvida de uma vez por todas, informando claramente quem recebeu cada relatório em cada momento.

A reportagem questionou a Abin sobre quem do MJSP recebeu os relatórios sobre 8/1, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

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