CPI do 8/1 marca depoimento de GDias para a próxima semana
GDias está na mira da oposição por supostamente ter sido alertado sobre atos de 8 de janeiro e pedir manipulação de documento da Abin
atualizado
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquéirito (CPMI) do 8 de janeiro no Congresso Nacional marcou para a próxima quinta-feira (31/8) o depoimento de Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O agendamento ocorreu após uma série de reuniões do colegiado para acordar a pauta de votações da sessão deliberativa desta terça-feira (22/8). Até o momento, o grupo não conseguiu chegar a um acordo para votar requerimentos da base governista contra nomes ligados a Jair Bolsonaro (PL).
O agendamento do depoimento de GDias, no entanto, mobilizado pela oposição, pode influenciar na construção de um acordo. GDias era chefe do GSI na época dos ataques à sede dos Três Poderes em Brasília.
Investigações apontam que o general teria sido alertado sobre o risco de invasões antes dos ataques. Além disso, ele está na mira da oposição por ter pedido a retirada do próprio nome de um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O documento seria enviado à Comissão das Atividades de Inteligência do Congresso.
Falta de acordo
A CPMI tinha reunião deliberativa prevista para as 9h desta terça. No encontro, parlamentares deveriam votar uma série de requerimentos. A sessão foi adiada para as 11h e, depois, por falta de acordo, foi remarcada para as 14h. De acordo com Eliziane, ainda não há consenso para a aprovação de alguns requerimentos.
O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), tem se mostrado resistente à inclusão de pedidos contra a família Bolsonaro e nomes ligados ao ex-presidente, como o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira (citado por Delgatti em depoimento), e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. É Maia quem decide a pauta das reuniões da CPMI.