Lawand pede desculpas por mensagens golpistas: “Fui infeliz”
Lawand foi citado nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram a mobilização de atos golpistas por militares
atualizado
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A CPI do 8/1 ouve, nesta terça-feira (27/6), Jean Lawand Júnior, ex-subchefe do Estado Maior do Exército. O militar aparece em mensagens trocadas com Mauro Cid, supostamente estimulando o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro a seguir o caminho do golpe contra o resultado da eleição presidencial e, consequentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi citado nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram a mobilização de atos golpistas por militares.
“Hoje venho aqui para responder às perguntas dos senhores a respeito das mensagens trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid. Mas afirmo aos senhores que em nenhum momento falei sobre golpe. Em nenhum momento atentei contra a democracia brasileira. Em nenhum momento quis quebrar, destituir, agredir qualquer uma das instituições. Isso não faz parte do que aprendi na minha carreira”, disse.
Lawand era subchefe do Estado Maior do Exército e, de acordo com a PF, incentivou Mauro Cid a convencer Jair Bolsonaro de impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomasse posse em 1º de janeiro deste ano.
Ele também pediu desculpas sobre as mensagens de teor golpista. “Quero pedir desculpas ao Exército brasileiro, ao povo brasileiro. O Exército Brasileiro é disciplinado, legalista e, nessa fala, eu fui muito infeliz. Foi uma opinião minha no calor da emoção. Não posso, na condição de coronel, dizer o que pensa o Alto Comando. Eu me equivoquei”, afirmou.
Acompanhe:
Investigações
Em mensagens trocadas com o ajudante de ordens, Lawand pediu que o militar “convencesse o 01 [em menção a Bolsonaro] a salvar esse país”.
“Cid, pelo amor de Deus. O homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, da divisão para baixo está. Assessore e dê-lhe coragem”, escreveu.
A convocação de Lawand consta em requerimentos apresentados por parlamentares governistas, como Eliziane Gama (PSD-MA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Duda Salabert (PDT-MG) e Duarte (PSB-MA).