CPI do 8/1 deve pautar acareação entre Delgatti e Zambelli após 7/9
Segundo a relatora, o encontro entre Carla Zambelli e Walter Delgatti deve estar entre as prioridades da CPI
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro deve pautar uma acareação entre a deputada Carla Zambelli (PL) e o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, na retomada dos trabalhos, após o feriado de 7 de setembro.
“Eu acho que nós deveremos ter uma acareação e, para mim, uma acareação tem que ser da Carla Zambelli com o Walter Delgatti, porque a gente precisa fazer uma contraposição dessas informações”, afirmou a relatora Eliziane Gama (PSD).
Segundo ela, na próxima semana não haverá sessão da CPMI, tendo em vista o feriado de 7 de Setembro. Contudo, com a retomada dos trabalhos, na semana seguinte, Eliziane espera uma sessão deliberativa em que será pautada a acareação.
Entre as prioridades das próximas semanas, segundo a relatora, estão os depoimentos do general Gustavo Henrique Dutra, ex-comandante Militar do Planalto, e da ex-subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF Marília Ferreira de Alencar. Ainda assim, a deputada pondera que cabe ao presidente do colegiado, Arthur Maia (União), essa definição.
Delgatti e Zambelli
A possibilidade de uma acareação entre o hacker e a deputada já havia sido aventada por Eliziane após o depoimento de Delgatti, em 17 de agosto. Na oitiva, ele deu detalhes da atuação de Zambelli em um plano para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
“Trabalho com TI, não terminei ainda a faculdade e precisava de internet para poder trabalhar. Nisso, apareceu uma oportunidade com (deputada federal) Carla Zambelli de um encontro com o (ex-presidente Jair) Bolsonaro. Eu estava desamparado, sem emprego e ofereceram um emprego a mim”, afirmou.
Delgatti também revelou como conheceu a parlamentar: “Eu estava na cidade de Ribeirão Preto [SP]. Vi a deputada e pedi para tirar uma foto. Conversando, ela passou o celular dela, anotou o meu, e ela me chamou no WhatsApp”.
“Posteriormente, ela disse que havia uma oportunidade de emprego para mim. Estive em Brasília, falei com o presidente e, logo em seguida, fiquei em Brasília. Vim trabalhar na parte de redes sociais do gabinete dela, nas redes dela. Ela me enviou a senha do site, das redes sociais, mas, logo em seguida, uma decisão do [ministro do STF Alexandre de] Moraes limitou as redes sociais dela”, contou.
Ele contou que recebia cerca de R$ 3 mil para esse trabalho.