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CPI do 8/1: G.Dias, ex-diretor da Abin e coronel que sugeriu golpe são convocados

CPI mista do Congresso Nacional que investiga ato golpista do 8/1 ainda não marcou data para ouvir os novos convocados

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
Documento governo presidente Lula ao lado do Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias
1 de 1 Documento governo presidente Lula ao lado do Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro aprovou, nesta terça-feira (20/6), requerimentos para ouvir o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Marco Edson Gonçalves Dias e o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha. Ainda não há data para a oitiva de ambos.

Também será chamado o coronel Jean Lawand Júnior, que aparece em trocas de mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), supostamente falando de um golpe para manter o ex-presidente no poder. Lawand foi citado nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram a mobilização de atos golpistas por militares.

Ele era subchefe do Estado Maior do Exército e, de acordo com a PF, incentivou Mauro Cid a convencer Jair Bolsonaro de impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomasse posse em 1º de janeiro deste ano.

Os convocados, na condição de testemunha, são obrigados a comparecer à comissão para prestar informações. Os investigados, no entanto, têm o direito de recusar a participação.

G. Dias

Gonçalves Dias apareceu em imagens divulgadas pela emissora CNN durante a invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. O militar foi anunciado pelo titular do Executivo federal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2022, para chefiar a pasta.

O Gabinete de Segurança Institucional é um dos órgãos que compõem a Presidência da República, responsável pela assistência direta e imediata ao presidente em assuntos militares e de segurança.

Ex-diretor adjunto da Abin, Saulo Moura da Cunha estava à frente do órgão na data dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília. Cunha foi exonerado no início de março, após Lula transformar a Abin em um órgão subordinado à Casa Civil. Lula nomeou Alessandro Moretti no lugar de Cunha.

Lawand

Em mensagens trocadas com o ajudante de ordens, Lawand pediu que o militar “convencesse o 01 [em menção a Bolsonaro] a salvar esse país”.

“Cid, pelo amor de Deus. O homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, da divisão para baixo está. Assessore e dê-lhe coragem”, escreveu.

A convocação de Lawand consta em requerimentos apresentados por parlamentares governistas, como Eliziane Gama (PSD-MA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Duda Salabert (PDT-MG) e Duarte (PSB-MA).

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