CPI: deputado quer convocar homem que destruiu relógio de Dom João VI
Pedido foi apresentado por Rogério Correia durante depoimento do ex-diretor da Abin Saulo Moura da Cunha
atualizado
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O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou, nesta terça-feira (1º/8), pedido para convocar Antônio Cláudio Alves Ferreira, que destruiu o relógio de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil em 1808 por dom João VI, a falar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
Ferreira está preso desde 23 de janeiro em Uberlândia. Durante depoimento à Polícia Federal, o bolsonarista decidiu ficar em silêncio. Em 19 de julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão do criminoso.
Segundo Moraes, a manutenção da prisão é fundamental para o avanço das investigações. “A restrição da liberdade do acusado é medida imprescindível também para a identificação das demais pessoas que participaram dos atos criminosos”, escreveu na decisão.
CPI escuta ex-diretor da Abin
O requerimento foi apresentado durante o depoimento do ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, na CPI. A oitiva teve início às 9h e, após 4h30 de duração, foi suspensa e retomou às 15h10.
Saulo Moura da Cunha entrou no radar da oposição à gestão Lula após revelações de que a agência teria alertado o novo governo sobre a possibilidade de invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Cunha foi exonerado do cargo da diretoria da Abin em março e, em abril, escolhido pelo presidente Lula para chefiar a assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do GSI. Ele assumiu as funções no GSI em 13 de abril. No dia 19, uma semana depois, foram divulgadas imagens do então ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto durante a invasão de 8/1.