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CPI das ONGs deve ser instaurada, com apoio da base do agro e garimpo

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) leu nesta terça-feira o requerimento da CPI das ONGs, que deve ter foco na Amazônia

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Plenário do Senado Federal
1 de 1 Plenário do Senado Federal - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente do Senado leu no plenário, na tarde desta terça-feira (4/4), o requerimento para instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a atuação das organizações não governamentais (ONGs) que receberam recursos públicos, com foco nas instituições que atuam na Amazônia. Chamado de CPI das ONGs, o colegiado terá composição de 11 titulares e sete suplentes.

“O requerimento contém subscritores em número suficiente e será publicado para que produza os devidos efeitos”, disse Rodrigo Pacheco, ao ler o requerimento para instauração da CPI das ONGs. O pedido foi assinado pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), apoiado por diversos senadores de oposição, ligados ao agronegócio e ao garimpo.

O requerimento prevê que o colegiado funcione por 130 dias. Seu objeto de investigação será a liberação de recursos públicos para organizações não governamentais (ONGs) e para organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).

“O país passou, com frequência cada vez maior, a conviver com denúncias de existência de ‘ONGs de fachada‘, cujos reais propósitos seriam repassar recursos a partidos políticos ou mesmo a particulares”, diz Valério no requerimento.

Segundo o parlamentar, há suspeitas de que, mesmo sem receber verbas governamentais, ONGs se envolvem em atividades irregulares, inclusive a serviços de empresas com sede no exterior e a interesses de potências estrangeiras.

O pedido de abertura da CPI das ONGs aconteceu, pela primeira vez, em 2019. O requerimento chegou a ser lido em Plenário em 2022 mas perdeu a validade com a mudança de legislatura. Dessa forma, foi necessário um novo requerimento neste ano, que conseguiu assinatura de 37 dos senadores, dez a mais que o necessário.

Entre os parlamentares que endossaram o requerimento estão nomes reconhecidamente ligados ao agronegócio, como Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Tereza Cristina (PP-MS) e Jaime Bagattoli (PL-RO), e ao garimpo, como Chico Rodrigues (PSB-RR).

Poderes e apoio à CPI das ONGs

A CPI tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, facultada a realização de diligências que julgar necessárias, podendo convocar ministros, tomar o depoimento de qualquer autoridade, inquirir testemunhas, sob compromisso, ouvir indiciados, requisitar de órgão público informações ou documentos de qualquer natureza, bem como requerer ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias que entender necessárias.

O requerimento para a CPI das ONGs foi assinado por:

  • Plínio Valério (PSDB-AM)
  • Carlos Portinho (PL-RJ),
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
  • Damares Alves (Republicanos-DF)
  • Eduardo Girão (Podemos-CE)
  • Magno Malta (PL-ES)
  • Rogerio Marinho (PL-RN)
  • Marcio Bittar (União-AC)
  • Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
  • Zequinha Marinho (PL-PA)
  • Tereza Cristina (PP-MS)
  • Alessandro Vieira (PSDB-SE)
  • Dr. Hiran (PP-RR)
  • Eduardo Gomes (PL-TO)
  • Styvenson Valentim (Podemos-RN)
  • Wellington Fagundes (PL-MT)
  • Luis Carlos Heinze (PP-RS)
  • Wilder Morais (PL-GO)
  • Soraya Thronicke (União-MS)
  • Carlos Viana (Podemos-MG)
  • Lucas Barreto (PSD-AP)
  • Jaime Bagattoli (PL-RO)
  • Ciro Nogueira (PP-PI)
  • Rodrigo Cunha (União-AL)
  • Esperidião Amin (PP-SC)
  • Cleitinho (Republicanos-MG)
  • Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
  • Izalci Lucas (PSDB-DF)
  • Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
  • Jorge Seif (PL-SC)
  • Sérgio Petecão (PSD-AC)
  • Nelsinho Trad (PSD-MS)
  • Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
  • Sergio Moro (União-PR)
  • Vanderlan Cardoso (PSD-GO)
  • Jayme Campos (União-MT)
  • Chico Rodrigues (PSB-RR)

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