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CPI das Apostas Esportivas ouve MPGO e presidente do Vila Nova nesta 3ª

Deputados que compõem a CPI querem traçar o caminho que levou ao início das investigações por fraudes em resultados de partidas de futebol

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1 de 1 imagem colorida mostra Plenário da Câmara dos Deputados - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casas de apostas esportivas por manipulação de jogos ouve, nesta terça-feira (30/5), os primeiros convidados desde a instalação do colegiado na Câmara dos Deputados.

Um dos participantes da audiência será o presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo. Ele foi responsável por identificar um caso de fraude no time e denunciar às autoridades.

Deputados também ouvem, nesta terça, o procurador-geral e o promotor de Justiça do Ministério Público do Goiás (MPGO) Cyro Terra Peres e Fernando Cesconetto, respectivamente.

Peres e Cesconetto participaram das ações da Operação Penalidade Máxima do MPGO, que ganhou destaque nos últimos meses após a denúncia de 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol.

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O foco da audiência desta terça será traçar o caminho que levou ao início das investigações.

Parlamentares devem questionar o presidente do Vila Nova quais pontos o fizeram suspeitar de atividades ilegais envolvendo o clube, além de nomes de possíveis pessoas ligadas ao esquema. Às autoridades do MPGO deputados devem solicitar documentos da investigação.

Novas convocações

Além de ouvir os três convidados, os membros da CPI votarão 19 requerimentos que constam na pauta da sessão desta terça. Na lista, há pedidos de convite a nomes como Andrei Rodrigues, diretor da Polícia Federal, e Ana Moser, ministra dos Esportes.

Também há requerimentos de convite ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para prestar informações sobre o formato das operações realizadas por empresas de apostas esportivas.

Há, ainda, a previsão de votação dos convites aos presidentes da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, da Federação dos Árbitros de Futebol do Brasil, do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).

CPI das Apostas

A CPI tem presidência de Júlio Arcoverde (PP-PI) e relatoria de Felipe Carreras (PSB-PE). A discussão sobre o tema se intensificou nos últimos dias, após o Ministério Público do Goiás (MPGO) denunciar 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol.

De acordo com as investigações, jogadores recebiam verba de até R$ 100 mil para provocar, propositalmente, cartões amarelos e vermelhos e, assim, beneficiar apostadores.

Os casos ocorreram em jogos de torneios, como as séries A e B do Campeonato Brasileiro, em 2022, e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023. Oito jogadores acabaram afastados de seus clubes por suspeita de participação no esquema.

Na última semana, o tema ganhou novos contornos após o Metrópoles revelar que a máfia das apostas atuou para manipular um jogo do Flamengo dentro do Maracanã, no Rio de Janeiro, no ano passado.

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