CPI das Apostas convida presidente do Vila Nova, que denunciou fraudes
Esta foi a primeira reunião da CPI das Apostas Esportivas, instalada na última semana. Deputados também criticaram racismo contra Vini Jr.
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, que ocorre na Câmara dos Deputados, aprovou, nesta terça-feira (23/5), convite para que o presidente do Vila Nova Futebol Clube, de Goiânia (GO), Hugo Jorge Bravo, preste esclarecimentos ao colegiado.
Jorge Bravo foi responsável por denunciar às autoridades o esquema de fraude em resultados de jogos de futebol. Deputados também aprovaram o convite a autoridadess do Ministério Público de Goiás (MPGO) para falar sobre as investigações da autarquia contra manipulações de jogos esportivos.
A aprovação atende a um requerimento apresentado pelo deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA). Inicialmente, Marinho sugeriu que a participação do promotor Fernando Cesconetto, do MPGO, fosse realizada por meio de convocação, na condição de testemunha.
No entanto, após deliberação, os deputados decidiram transformar a convocação em convite. Fernando Cesconetto é responsável pela Operação Penalidade Máxima, do MPGO, que apura as irregularidades nos jogos.
Também foi aprovado o convite ao procurador-Geral de Justiça do MPGO, Cyro Terra Peres, para prestar à CPI informações sobre as investigações.
Além disso, deputados aprovaram a solicitação de todo o acervo documental e jurídico do MGO para contribuição com informações consideradas importantes pela comissão.
A participação das autoridades do MPGO e do presidente do Vila Nova está prevista para a próxima terça-feira (30/5). O horário ainda não foi definido.
Esta foi a primeira reunião da CPI das Apostas, instalada na última semana na Câmara. Os deputados também leram o plano de trabalho do colegiado.
Além do convite e da leitura do plano de trabalho, foi aprovada, na sessão desta terça, uma moção de repúdio à Federação Espanhola de Futebol pelos atos racistas contra o jogador brasileiro Vinícius Jr., do Real Madrid.
CPI das Apostas
A CPI tem presidência de Júlio Arcoverde (PP-PI) e relatoria de Felipe Carreras (PSB-PE). A discussão sobre o tema se intensificou nos últimos dias após o Ministério Público do Goiás (MPGO) denunciar 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol.
De acordo com as investigações, jogadores recebiam verba de até R$ 100 mil para provocar, propositalmente, cartões amarelos e vermelhos e beneficiar apostadores.
Os casos ocorreram em jogos de torneios como as séries A e B do Campeonato Brasileiro, em 2022, e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023. Oito jogadores foram afastados de seus clubes por suspeita de participação no esquema.
Na última semana, o tema ganhou novos contornos após o Metrópoles revelar que a máfia das apostas atuou para manipular um jogo do Flamengo dentro do Maracanã, no Rio de Janeiro, no ano passado.