metropoles.com

Na CPI, GDias diz que ações da PMDF “não foram eficazes” no dia 8/1

GDias era chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República à época dos ataques às sedes dos Três Poderes

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
General do Exército Gonçalves Dias e deputado Arthur Maia durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro
1 de 1 General do Exército Gonçalves Dias e deputado Arthur Maia durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional está ouvindo, nesta quinta-feira (31/8), o general Gonçalves Dias, conhecido como GDias. O militar era chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República na época dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília. Em suas primeiras declarações, ele afirmou que os policiais militares do DF “não foram eficazes” nas ações.

“Naquele dia foram cometidas agressões impensáveis à democracia brasileira”, apontou GDias. “Foi um ataque inimaginável para todos nós que somos democratas”, continuou.

Segundo ele, todos os “esforços e ações” que estavam ao alcance dele para “mitigar sangue” foram feitos. Mas houve “inações da PMDF, que não foram eficazes no cumprimento das atividades sob sua responsabilidade previstas no protocolo levou àqueles eventos”, analisou o militar.

“Informações divergentes me foram passadas por contatos diretos meus, Saulo Cunha e general Penteado. Essas informações divergentes me foram passadas na manhã do dia 8 e culminaram na minha decisão de ir pessoalmente ver como estava a situação”, contou GDias.

Acompanhe:

A oitiva de GDias começou às 9h desta quinta. O depoimento era desejado pela oposição no colegiado, que busca maneiras de associar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos atos golpistas. Essa é uma das poucas vitórias de oposicionistas na comissão, já que a maioria dos depoimentos têm afetado negativamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.

Investigações apontam que o general teria sido alertado sobre o risco de invasões antes dos ataques. Além disso, ele está na mira da oposição por ter pedido a retirada do próprio nome de um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O documento seria enviado à Comissão das Atividades de Inteligência do Congresso.

8 imagens
General do Exército Gonçalves Dias e deputado Arthur Maia durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro
General do Exército Gonçalves Dias e deputado Arthur Maia durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro
General do Exército Gonçalves Dias durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro
General do Exército Gonçalves Dias se livrou de indiciamento
General do Exército Gonçalves Dias durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro
1 de 8

General do Exército Gonçalves Dias e deputado Arthur Maia durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 8

General do Exército Gonçalves Dias e deputado Arthur Maia durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 8

General do Exército Gonçalves Dias e deputado Arthur Maia durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 8

General do Exército Gonçalves Dias durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 8

General do Exército Gonçalves Dias se livrou de indiciamento

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 8

General do Exército Gonçalves Dias durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 8

General do Exército Gonçalves Dias durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 8

General do Exército Gonçalves Dias, ex-GSI

Hugo Barreto/Metrópoles

Na última semana, André Callegari, advogado que lidera a defesa, afirmou que GDias “responderá e esclarecerá os fatos relativos ao dia 8/1, desde que dentro dos limites do seu conhecimento, e que não fiquem fora do objeto da CPMI.” A defesa também recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). E o ministro Cristiano Zanin autorizou, nessa quarta-feira (30/8), que GDias fique em silêncio durante seu depoimento.

A decisão de Zanin, no entanto, restringe a proteção dada ao militar apenas “no que tange ao indispensável para o exercício do direito constitucional, já que não é obrigado a se autoincriminar e produzir provas contra si próprio”.

“Por conseguinte, o paciente não está dispensado de responder a indagações objetivas e que não tenham relação com esse conteúdo, pois, quanto às demais formulações não inseridas na proteção constitucional, todos possuem a obrigação de não faltar com a verdade”, esclarece.

Câmeras de segurança captaram GDias

Gonçalves Dias apareceu em imagens divulgadas pela emissora CNN durante a invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. O militar foi anunciado pelo por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dezembro de 2022, para chefiar a pasta. Ele deixou o posto em 19 de abril.

O Gabinete de Segurança Institucional é um dos órgãos que compõem a Presidência da República, responsável pela assistência direta e imediata ao presidente em assuntos militares e de segurança.

Peça-chave

O depoimento de GDias é muito aguardado pelos parlamentares de oposição que o enxergam como peça-chave para esclarecer as providências adotadas e de que forma o governo federal conduziu as investigações.

A convocação do militar foi objeto de aproximadamente 100 requerimentos. No início dos trabalhos, a CPMI chegou a rejeitar o depoimento do ex-ministro, mas, em junho, um acordo viabilizou a aprovação dos pedidos.

GDias já havia prestado depoimento à CPI da Câmara Legislativa do DF, que também investiga os ataques antidemocráticos, ele negou ter sido conivente com os golpistas que invadiram o Palácio do Planalto. O general também negou ter adulterado relatórios da Abin que foram enviados ao Congresso Nacional, ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Militar. A oitiva ocorreu em 22 de junho.

10 imagens
Vidros foram quebrados por radicais bolsonaristas
Polícia Federal analisou os danos ao prédio
Estragos deixaram marcas em janelas, computadores e até obras de arte
Policiais federais fazem perícia no prédio do Paládio do Planalto após 8 de janeiro
1 de 10

Polícia Federal inspeciona Palácio do Planalto

Igo Estrela/Metrópoles
2 de 10

Vidros foram quebrados por radicais bolsonaristas

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 10

Polícia Federal analisou os danos ao prédio

Igo Estrela/Metrópoles
4 de 10

Estragos deixaram marcas em janelas, computadores e até obras de arte

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 10

Policiais federais fazem perícia no prédio do Paládio do Planalto após 8 de janeiro

Igo Estrela/Metrópoles
6 de 10

Igo Estrela/Metrópoles
7 de 10

Palácio do Planalto foi invadido em 8 de janeiro

Igo Estrela/Metrópoles
8 de 10

Extremistas antidemocráticos também invadiram Congresso Nacional e STF

Igo Estrela/Metrópoles
9 de 10

Ameaça de novos atos preocupa área de segurança do governo Lula

Igo Estrela/Metrópoles
10 de 10

Cadeiras foram usadas como escudo por manifestantes golpistas

Igo Estrela/Metrópoles

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?