Covid: secretários de Saúde cobram vacina para bebês sem comorbidade
Apesar de aprovada pela Anvisa, vacina da Pfizer para bebês contra Covid foi autorizada pelo Ministério da Saúde para poucos grupos
atualizado
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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) publicou, nesta quinta-feira (10/11), nota em que faz apelo pela vacinação contra Covid de bebês entre 6 meses e 2 anos. O imunizante da Pfizer para a faixa etária já conta com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 16 de setembro.
O Ministério da Saúde, porém, só recomendou a vacinação de crianças desta faixa etária que apresentem comorbidades. A nota, assinada por Nésio Fernandes de Medeiros Júnior, presidente do Conass e secretário de Saúde do Espírito Santo, cita o Boletim InfoGripe mais recente publicado pela Fiocruz nesta quinta, em que “as crianças de 0-4 anos foram o grupo com maior risco, considerando-se a população até 60 anos de idade”.
“O Conass defende a compra imediata de doses suficientes para vacinar toda a faixa etária incorporada e a vacinação seja oferecida para esse grupo sem restrições como a que está definida na Nota Técnica nº 114/2022 – DEIDT/SVS/MS, na qual incluiu somente as crianças com comorbidades. “, explica o documento.
Fernandes ressalta, também, que a iniciativa é defendida pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). “Esta posição institucional foi expressada em todos os fóruns com participação de representantes do Conass”, afirma.
Entre as comorbidades pontuadas pelo Ministério da Saúde, estão a diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão, cardiopatias, doenças neurológicas ou renais crônicas, imunocomprometidos (transplantados, com HIV, pacientes oncológicos e outros), síndrome de Down, obesidade, cirrose hepática, entre outras.
Nesta quinta-feira, a pasta iniciou a distribuição de 1 milhão de doses da vacina pediátrica Comirnaty para as crianças de 6 meses a menores de 3 anos. Veja o quantitativo de imunizantes que cada unidade da Federação vai receber:
- Acre: 3,3 mil;
- Alagoas: 17,1 mil;
- Amazonas: 28 mil;
- Amapá: 5,5 mil;
- Bahia: 70 mil;
- Ceará: 45 mil;
- Distrito Federal: 14,4 mil;
- Espírito Santo: 13 mil;
- Goiás: 35 mil;
- Maranhão: 40 mil;
- Minas Gerais: 95 mil;
- Mato Grosso do Sul: 15 mil;
- Mato Grosso: 19,4 mil;
- Pará: 50 mil;
- Paraíba: 15 mil;
- Pernambuco: 47 mil;
- Piauí: 16,1 mil;
- Paraná: 53,6 mil;
- Rio de Janeiro: 76 mil;
- Rio Grande do Norte: 17 mil;
- Rondônia: 10 mil;
- Roraima: 7 mil;
- Rio Grande do Sul: 48 mil;
- Santa Catarina: 34 mil;
- Sergipe: 12,2 mil;
- São Paulo: 206,3 mil;
- Tocantins: 9 mil.