Covid: Rio decidirá sobre o fim do uso de máscaras na segunda (7/3)
Comitê Científico deve também discutir metas para doses de reforço, além da suspensão do passaporte vacinal na cidade
atualizado
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Rio de Janeiro – O Comitê Científico do Rio de Janeiro vai discutir na próxima segunda-feira (7/3) o fim de todas as medidas de proteção contra a Covid-19 que estão em vigor na cidade. Uma das restrições que deve chegar ao fim é o uso obrigatório de máscaras em locais fechados, além do passaporte vacinal.
A liberação do uso de máscaras foi debatida no último encontro do grupo, que optou por adiar a discussão para meados de março, para analisar os indicadores da pandemia.
O secretário de Saúde, Daniel Soranz, afirmou, ao jornal O Globo, que os cientistas que compõem o Comitê devem bater o martelo sobre o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras e avaliar uma meta de cobertura vacinal da dose de reforço para suspender o passaporte da vacina.
De acordo com a pasta, a reunião estava marcada para o dia 14 de março, mas foi adiantada para o dia 7 a pedido do prefeito Eduardo Paes.
“Com a redução do número de casos de Covid e do número de solicitações de novas internações hospitalares, o prefeito solicitou que a gente antecipasse essa discussão”, disse Soranz ao Globo.
“Estamos discutindo a desobrigação do uso de máscara inclusive com a Secretaria de Estado de Saúde, para que a mudança aconteça de maneira coordenada”, completou.
Ainda segundo o secretário, a taxa de imunizados com a dose de reforço deve ser entre 70% e 80% para que o passaporte de vacina seja liberado: “Na reunião do Comitê a gente deve discutir quando retirar o passaporte vacinal. A expectativa é que a gente defina um número entre 70% e 80% da população adulta com dose de reforço. Alcançando esse patamar, automaticamente a gente deixaria de cobrar o passaporte vacinal na cidade do Rio de Janeiro”, afirmou.
Queda de casos
Nesta terça-feira (1/3), Soranz compartilhou, através das redes sociais, que é cada vez mais raro encontrar casos graves da Covid-19 em pessoas vacinadas. Ele também apontou que a taxa de positividade para a doença é menor que 5% desde o dia 19 de fevereiro, considerado o ideal pela OMS, e que o número de internados se mantém abaixo de 1%.
A taxa de positividade dos testes para COVID-19 desde o dia 19 é menor que 5% o considerado pela OMS como ideal e o número de internados se mantém abaixo de 1% sendo que em sua imensa maioria não tem esquema vacinal completo. @Prefeitura_Rio @Saude_Rio pic.twitter.com/rdosg2svwV
— Daniel Soranz (@danielsoranz) March 1, 2022
Com a baixa procura por testes de Covid-19, a Prefeitura do Rio deve desmontar postos de testagem até o fim da semana. De acordo com Soranz, o cenário indica, que mesmo com as aglomerações na cidade nos últimos dias, o número de casos se mantém baixo na cidade.
“É fundamental que as pessoas que não se vacinarem fiquem em casa. Esse é o grupo mais vulnerável, com maiores riscos de internação”, disse Soranz na manhã desta quarta-feira (2/3). Atualmente, a taxa de adultos com dose de reforço no Rio está em 53%.