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Covid: Queiroga afirma que país vive “Torre de Babel vacinal”

Declaração faz referência aos embates entre o Ministério da Saúde e o governo de São Paulo na distribuição de imunizantes contra a Covid-19

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Fotografia colorida do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, fala com à imprensa sobre a saída do governo 5
1 de 1 Fotografia colorida do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, fala com à imprensa sobre a saída do governo 5 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta segunda-feira (13/9), que o país enfrenta uma “Torre de Babel vacinal”.

A declaração faz referência aos embates entre o Ministério da Saúde e o governo de São Paulo na distribuição de imunizantes contra a Covid-19.

Em conversa com jornalistas, o ministro criticou gestores que não seguem as recomendações do Plano Nacional de Imunizações (PNI).

Ele citou o estado de São Paulo que, contrariando a decisão do governo federal, anunciou a aplicação da dose de reforço em idosos de 60 anos ou mais, a partir da última segunda-feira (6/9).

A recomendação do Ministério da Saúde é que as unidades federativas administrem, a partir da próxima quarta-feira (15/9), a dose de reforço em pessoas de 80 anos ou mais.

“Há estados anunciando que vão vacinar idosos acima dos 60 anos. Então, fica difícil. Como conseguiremos conduzir a campanha de vacinação com essa espécie de Torre de Babel vacinal? Vamos juntos, que aí vamos mais seguros, mais firmes”, pontuou.

AstraZeneca

Na última semana, o estado de São Paulo afirmou que o governo federal estaria devendo 1 milhão de vacinas da AstraZeneca. O governador João Doria (PSDB) afirmou que entraria com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para receber os imunizantes.

Nesta segunda-feira, a Prefeitura de São Paulo começou a utilizar o imunizante da Pfizer para vacinar pessoas que estão com a segunda dose da AstraZeneca atrasada, já que os estoques da cidade estão desabastecidos do fármaco.

Segundo o Ministério da Saúde, o problema ocorre porque a região não guardou doses para a aplicação do segundo reforço, conforme as recomendações do governo federal.

Em nota divulgada nesta segunda, a pasta disse que as unidades federativas que não seguirem as recomendações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 (PNO) podem sofrer com “falta de doses”.

“Nos últimos dias, alguns estados relataram falta do imunizante AstraZeneca para a segunda dose. No entanto, a distribuição do Ministério da Saúde foi feita conforme o previsto, e calculada respeitando o prazo para a dose 2, que atualmente é de 12 semanas, para todas as localidades”, divulgou a pasta.

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
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Marcelo Queiroga (sem partido) quer disputar o cargo de senador ou governador da Paraíba (PB). Atualmente, ele comanda o Ministério da Saúde

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“Reclamadores crônicos”

Ainda nesta segunda, Queiroga disse que os estados que se queixam de falta de doses são “reclamadores crônicos”. Ele citou a visita a Manaus (AM), realizada no último fim de semana, como prova de que a entrega de vacinas funciona.

“Estive no fim de semana em Manaus. Fomos habilitar uma UBS fluvial. Lá tinha um posto de vacinação, onde havia Coronavac, AstraZeneca e Pfizer. Por que em uma unidade ribeirinha tem vacina e no principal estado do país não tem? Porque o Amazonas tem seguido a principal recomendação do PNI”, pontuou.

Sem citar o estado de São Paulo, Queiroga fez críticas às “publicidades” de antecipação dos calendários nas campanhas estaduais de vacinação.

“Quem reclama? Quem são os reclamadores crônicos? E você verifica as publicidades que fizeram… Não foi o Ministério da Saúde que fez publicidades nesse sentido. Tem a ver com o PNI. Se seguir o PNI, chegaremos fortes ao fim da campanha de vacinação, que já é um sucesso”, finalizou.

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