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Covid: prefeito faz “comemoração” em dia que Goiânia teve 65 mortes

Rogério Cruz (Republicanos) publicou foto durante almoço em restaurante na capital e gerou revolta na internet. Em seguida, excluiu imagem

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Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), em comemoração recente
1 de 1 Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), em comemoração recente - Foto: Reprodução

Goiânia – No mesmo dia em que a capital goiana registrou 322 novos casos de coronavírus e mais 65 mortes por complicações da Covid-19, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) publicou, na terça-feira (1º/6), em suas redes sociais, foto em que se aglomera com mais oito pessoas sentadas à mesma mesa de restaurante na capital. É quase o dobro do que ele próprio permitiu em decreto que assinou três dias antes.

A foto foi excluída pelo prefeito depois de gerar revolta dos internautas. Em seguida, a prefeitura, pressionada, emitiu nota dizendo que se tratava de “comemoração pessoal”.

Em vigor na cidade, o decreto municipal publicado na sexta-feira (29/5) autoriza, no máximo, cinco pessoas por mesa em bares e restaurantes, que também devem funcionar com lotação máxima de 30% da capacidade de pessoas sentadas.

É a segunda vez, em menos de três meses, que o prefeito é criticado por não cumprir o distanciamento social no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Flagrante

No total, a foto no restaurante, que registra confraternização durante um almoço, mostra 12 pessoas. Outras três estão sentadas à mesa ao lado. Apenas um homem aparece usando máscara de proteção facial. A imagem também mostra quatro funcionários do restaurante, que também usam máscara.

A foto mostra, ainda, que as duas mesas estão bem próximas uma da outra, apesar de o decreto municipal determinar que bares e restaurantes mantenham espaçamento de 1 a 2 metros de distância entre os assentos.

“Descumpriu o próprio decreto”, escreveu o internauta Fernando Henrique Freire Machado, no comentário de uma publicação que reproduziu a foto na internet. “Prefeitura, estado e país sem governo”, acrescentou Mauro Rogerio.

Mesmo com a exclusão da foto das redes sociais do prefeito, a imagem provocou reações críticas à postura de Rogério Cruz. “Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”, comentou Luiz Antônio Calaça. “Nem eles mesmos acreditam nos próprios decretos”, reclamou Marcos Junior.

“Comemoração especial”

Em nota, a prefeitura informou que houve uma “confraternização privada” e que o espaço foi fechado para uma comemoração especial, “obedecendo ao decreto em vigor que estabelece o limite de 75 pessoas para eventos sociais”.

O evento foi organizado pelo secretário de desenvolvimento e economia Paulo Henrique Rodrigues, conforme informou o município.

O restaurante não atendeu à ligação feita pelo Metrópoles para confirmar se o estabelecimento foi, de fato, fechado, ou não, para a comemoração especial com presença do prefeito.

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Prefeito de Goiânia esteve em churrasco entre amigos no dia 6/3
Montagem feita pela página Goiânia Mil Graus, no Instagram, à época. Imagens revoltaram as pessoas
Outra imagem mostrava a churrasqueira cheia de carne; no mesmo dia, cidade tinha 99% de ocupação das UTIs
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Rogério Cruz (Republicanos), prefeito de Goiânia, testa positivo pela segunda vez

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Prefeito de Goiânia esteve em churrasco entre amigos no dia 6/3

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Montagem feita pela página Goiânia Mil Graus, no Instagram, à época. Imagens revoltaram as pessoas

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Outra imagem mostrava a churrasqueira cheia de carne; no mesmo dia, cidade tinha 99% de ocupação das UTIs

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Primeira aglomeração

Em março, Rogério Cruz  participou de churrasco entre amigos, no mesmo dia em que os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) regulados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia atingiram 99% de ocupação. As imagens, que logo surgiram na internet, geraram revolta.

De acordo com boletim epidemiológico da SMS, Goiânia já confirmou 159.220 casos de coronavírus, com 4.920 mortes por complicações da Covid-19.

Goiás já ultrapassou a marca de 17 mil mortos pela doença. A primeira dose da vacina foi aplicada em apenas 20% da população e o reforço, em 9%

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