Covid: número de internados em UTIs públicas dobra desde o Natal em GO
Ocupação dos leitos de UTI Covid da rede pública estadual de Goiás passou de 22% para 66% entre a véspera do Natal e esta terça (11/1)
atualizado
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Goiânia – A rede pública estadual de Goiás voltou a ter um aumento de pacientes graves com coronavírus internados em unidades de terapia intensiva (UTIs). Na véspera de Natal eram 43 hospitalizados em UTI perfil Covid-19. Já no final da manhã desta terça-feira (11/1), são 89 pacientes, mais do que o dobro.
Os números são disponibilizados no site da Secretaria de Saúde de Goiás. Segundo o órgão, o perfil desses pacientes graves tem sido de pessoas não vacinadas ou que não tomaram todas as doses necessárias do imunizante.
A ocupação das UTIs também aumentou significativamente após o Natal. Na véspera do feriado a ocupação desses leitos era de 22% e atualmente é de 66%.
Mudança de leitos
Isso também se explica com a diminuição na quantidade de vagas de UTI destinadas para pacientes com novo coronavírus. Entre 4 e 7 de janeiro, houve uma redução das UTIs Covid-19 de 208 para 137.
Essa redução, no entanto, não significa o fechamento de leitos, segundo a SESGO. Goiás chegou a ter quase 600 vagas de UTI só para Covid-19, em meados de 2021.
Após o último pico da pandemia, parte desses leitos foram realocados para atender outras doenças e outra parte foi desativada, podendo ser reativada ou revertida para Covid-19 quando necessário, conforme a secretaria.
Aumento de contaminados
O aumento de internados na UTI em Goiás vem acompanhado do crescimento de casos positivos de coronavírus e a disseminação da variante Ômicron da Covid-19.O primeiro a morrer no Brasil com essa mutação identificada foi em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital do estado.
Após o Natal e Ano Novo foi visível o aumento das filas formadas por pessoas que queriam fazer o teste de coronavírus em Goiânia.
Só na rede privada, houve um aumento de 75% na procura por testes nos primeiros dias de janeiro, quando se compara com o mesmo período de janeiro, segundo o Sindicato dos Laboratórios.
Rede ampliada
Em nota, a Secretaria de Saúde de Goiás informou ao Metrópoles que monitora em tempo real a situação das ocupações de leito, que é dinâmica. O órgão ainda afirmou que toma decisões para rearranjo da rede de saúde baseado em evidências.
Também segundo a secretaria, conforme há demanda, os leitos podem ser ampliados, já que houve o investimento em hospitais de campanha de alvenaria, com estruturas fixas.