Covid: monitoramento de esgotos em Araraquara apresenta primeiros resultados
Estudo realizado pela prefeitura da cidade paulista, em parceria com a Unesp, pretende avaliar a presença do coronavírus na rede
atualizado
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São Paulo – Um estudo sobre a presença do novo coronavírus na rede de esgoto em Araraquara, município de São Paulo, já apresenta os primeiros resultados.
Realizada pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em parceria com a Prefeitura e o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae), a pesquisa monitora cerca de 50 pontos da cidade.
O objetivo é mostrar se o vírus está ou não presente em determinadas regiões. Além dos poços de visitas (PVs) das redes de esgoto, pesquisadores também fazem coleta nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) de Araraquara e do distrito de Bueno Andrada.
Entre 11/7 e 17/7, último levantamento feito, 35 poços apresentaram resultado positivo para o vírus e outros 18 foram inconclusivos.
“Uma pessoa infectada pela Covid-19 elimina o vírus pelas fezes do 3º dia de infecção até o 21º dia. Ou seja, são 18 dias produzindo e eliminando o Sars-CoV-2”, explica Adriano Mondini, coordenador do estudo e professor da Unesp Araraquara.
A secretária de Saúde, Eliana Honain, aponta que este monitoramento é um importante auxílio na vigilância da saúde na região. “Contribui para o controle da pandemia no município e no monitoramento das nossas ações, inclusive na busca de casos assintomáticos”, declara.
Método
Após feita, a coleta é refrigerada e passa por um processo técnico que ajusta o pH, filtra e extrai o RNA (ácido ribonucleico). É somente no final deste processo que cientistas fazem a detecção de genes do Sars-CoV-2, o coronavírus.