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Covid: internação infantil bate recorde em hospitais referência de SP

No Hospital Municipal Menino Jesus, houve 11 internações de crianças em janeiro; Sabará também registra subida nos registros

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Mãe busca atendimento para criança no Hospital Municipal Menino Jesus, em São Paulo
1 de 1 Mãe busca atendimento para criança no Hospital Municipal Menino Jesus, em São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – A onda de contágio da Ômicron, nova cepa do coronavírus, motivou recordes de infecções em todo o mundo. Em entrevista ao Metrópoles, gestores de hospitais de referência ao público infantil na cidade de São Paulo informaram que a variante também elevou a patamares inéditos os atendimentos e as internações para tratamento da Covid-19 de crianças de até 12 anos.

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Menina aguarda atendimento no principal hospital infantil da rede municipal de São Paulo
Hospital Municipal Menino Jesus viu aumento repentino de procura para tratar coronavírus, após disseminação da variante ômicron
Hospital municipal já teve 11 internações de crianças para tratar coronavírus, em janeiro de 2022
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Mãe leva menino para atendimento no Hospital Municipal Menino Jesus, em São Paulo

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Menina aguarda atendimento no principal hospital infantil da rede municipal de São Paulo

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Hospital Municipal Menino Jesus viu aumento repentino de procura para tratar coronavírus, após disseminação da variante ômicron

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Hospital municipal já teve 11 internações de crianças para tratar coronavírus, em janeiro de 2022

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No Hospital Municipal Menino Jesus, na Bela Vista, região central de São Paulo, foram internadas 11 crianças por coronavírus no mês de janeiro, somente até esta quarta-feira (12/1). Trata-se de um novo recorde para o período de um mês no centro médico. Antes, o mês mais movimentado tinha sido março do ano passado, quando 10 crianças ficaram internadas por lá.

“Não tenho dúvida de que esse aumento está ligado à Ômicron, que se espalha com mais facilidade e está infectando até muita gente vacinada”, avalia o pediatra Antônio Carlos Madeira de Arruda, 75 anos, superintendente médico do Hospital Municipal Menino Jesus.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, não houve nenhuma morte infantil por coronavírus na unidade hospitalar, referência para onde crianças atendidas na rede pública municipal são preferencialmente encaminhadas.

Das 11 internações em janeiro no hospital, cinco crianças já tiveram alta. Ainda restam internados dois bebês com 2 meses de idade, duas crianças de 2 anos, uma criança de 1 ano e um adolescente de 13 anos. Todos são monitorados na enfermaria. “Na maioria das vezes, crianças de pouca idade tem quadros muito leves”, afirmou Arruda.

Rede privada

O atendimento e a internação por Covid-19 também bateram recordes neste janeiro no Hospital Sabará, na região central de São Paulo, de atendimento privado exclusivo a crianças e adolescentes de até 18 anos. Só em um plantão deste mês, houve 38 casos diagnosticados, de acordo com o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior, gerente de qualidade assistencial e infectologista do estabelecimento de saúde.

“Internação tem variado entre duas e três por dia. São casos de baixa gravidade, nenhum que precise de UTI. A situação agora é pior do que o pico que vivemos em março do ano passado”, afirmou Júnior ao Metrópoles.

No Sabará, também não ocorreu nenhuma morte de criança por coronavírus desde o início da pandemia. O infectologista recomenda que pais busquem vacinar seus filhos tão logo o imunizante contra a Covid-19 esteja disponível para a faixa etária. Ressalta ainda que o momento de elevado contágio deve inspirar cuidados para não frequentar aglomerações e restringir os contatos fora de casa.

“Não é hora de aglomeração, de shows, de estádios de futebol. Não existe forma de tentar reduzir a disseminação do vírus se não estimular a população a um comportamento mais retraído. É o inverso do que acontece no fim de ano”, destaca Júnior.

O profissional avalia que o início da vacinação de crianças entre 5 e 12 anos, programado para esta quinta-feira (13/1), deve mostrar “alguma melhora” contra a disseminação da doença nessa faixa etária, mas analisa que seria importante que a imunização no país seguisse o intervalo recomendado pela fabricante do antígeno (Pfizer), de 21 dias entre a primeira e a segunda dose.

“Não houve previsão de vacina em quantidade suficiente para a população toda. Com uma dose, talvez já vejamos melhora, mas vai demorar para ter a população vacinada com as duas doses”, afirmou.

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