Covid: governo envia lote extra de vacinas a seis estados de fronteira
Receberão as vacinas extras: Acre, Amapá, Amazonas, Paraná, Roraima e Santa Catarina. Ministério da Saúde quer criar “cordão epidemiológico”
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, nesta terça-feira (20/7), que enviará um lote extra de vacinas contra a Covid-19 a estados localizados nas fronteiras do país. A entrega deve ocorrer ainda nesta semana.
Segundo o titular da Saúde, a ideia é criar um “cordão epidemiológico” para combater a entrada de variantes do coronavírus no Brasil. Os estados contemplados serão: Acre, Amapá, Amazonas, Paraná, Roraima e Santa Catarina.
As doses enviadas serão aplicadas em 279 mil brasileiros que vivem em municípios de fronteiras, informou o Ministério da Saúde. “É uma estratégia, até para que a gente possa conter variantes, criar uma espécie de cordão epidemiológico vacinando a população fronteiriça, para evitar que variantes que vêm de outros países possam chegar ao Brasil”, disse Queiroga.
Apesar do avanço na imunização e da queda no número de óbitos e internações por Covid-19, o Brasil está em estado de alerta, já que a variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, se espalha pelo país. O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (19/7) aponta que já foram registrados 110 casos da mutação no Brasil.
O número não representa a quantidade total de pessoas infectadas com a variante, já que apenas pacientes que tiveram amostras analisadas em sequenciamento genético tiveram a mutação detectada. A disseminação do vírus é uma das preocupações de Queiroga.
“O trânsito dos cidadãos de países vizinhos pode trazer e levar doenças. Por isso, o controle sanitário é necessário para que consigamos ter uma promoção em saúde em padrões que desejamos para o Brasil e para os nossos irmãos da América do Sul”, destacou o ministro.
O anúncio do envio de um lote extra foi feito durante a visita do ministro ao município de Foz do Iguaçu, no Paraná. Queiroga cumpre agenda no local até o fim do dia. Mais cedo, ele aplicou vacinas contra a Covid-19 em pacientes do município. Ao longo da tarde, o cardiologista deve visitar hospitais e centros de saúde.