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Covid: 1ª morte pela variante Ômicron no país é registrada em Goiás

SMS de Aparecida de Goiânia comprovou 1º óbito pela Ômicron no país. Vítima tomou 3 doses de vacina, mas tinha doença pulmonar e hipertensão

atualizado

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Na ilustração colorida, vários vírus são representado
1 de 1 Na ilustração colorida, vários vírus são representado - Foto: Andriy Onufriyenko/ Getty Images

Goiânia – A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia, município da região metropolitana da capital goiana, confirmou, nesta quinta-feira (6/1), o primeiro óbito pela variante Ômicron do novo coronavírus. O registro foi feito por meio de sequenciamento genômico e, segundo a pasta, é o primeiro do Brasil.

Segundo informações do órgão municipal, a vítima da doença foi um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em unidade hospitalar. O paciente era contactante de um caso que a pasta já havia confirmado como infecção pela variante. O homem estava vacinado com três doses.

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Campanha de imunização contra Covid em Aparecida de Goiânia (GO)
Vacinação contra a Covid-19
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A Ômicron, variante da Covid, está associada a sintomas respiratórios mais leves, como os de um resfriado, por exemplo

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A confirmação do primeiro óbito ocorre exatamente 10 dias após a declaração de transmissão comunitária na cidade. A detecção foi possível graças ao Programa Municipal de Sequenciamento Genômico que tem feito a análise de amostras positivas de RT-PCR coletadas no município para mapear a informação genética e identificar as variantes do SARS-CoV-2 (novo coronavírus) em circulação. Até o momento, 2.386 sequenciamentos já foram realizados na cidade, que já confirmou 55 casos de Ômicron. A prevalência da variante alcançou a casa dos 93,5%.

Avanço da Ômicron

O secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, explica que a vacinação é muito importante porque reduz as chances de complicações e óbitos, mas que deve estar acompanhada do uso da máscara, da correta higiene das mãos e do distanciamento social sempre que possível.

“Nós perdemos um paciente vacinado, mas que tinha problemas crônicos de saúde, que são importantes fatores de risco da covid-19. Infelizmente, ele não resistiu. Uma vida perdida em meio a milhares salvas pela imunização”, afirmou.

Alessandro Magalhães ressalta que o avanço da variante Ômicron já foi percebido em todas as partes do mundo e, não seria diferente, em Aparecida de Goiânia: “Na semana epidemiológica 48, de 2021, a prevalência da variante delta era 100%. Já na semana 52, última do ano, alcançamos 93,5%. Esse dado confirma a rapidez da disseminação da ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul. Mas, ainda é muito recente para que possamos analisar dados como letalidade e taxas de agravamento”, afirmou.

O gestor destacou que Aparecida segue monitorando a situação, atenta a quaisquer alterações no cenário da pandemia: “Nossa estratégia permanece aquela indicada pela OMS: testar, monitorar, cuidar e vacinar”.

Primeiros casos

Os primeiros registros da variante Ômicron no Brasil foram anunciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 30 de novembro, depois que o órgão recebeu resultados preliminares mostrando a contaminação de dois brasileiros. O Instituto Adolfo Lutz afirmou que atestou os resultados e confirmou a infecção dos dois.

Os dois contaminados são marido e esposa, ambos de São Paulo. O homem chegou ao Brasil vindo da África do Sul no dia 23 de novembro, antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, ressaltou a agência. O Ministério da Saúde e o governo paulista já foram informados, para que as medidas cabíveis sejam tomadas para controle do contágio.

Dominância

A variante ômicron do coronavírus já é dominante no Brasil, sendo responsável por 58,33% dos casos de covid-19 sequenciados no país, segundo levantamento da plataforma online Our World in Data.

Vinculada à Universidade de Oxford, a Our World in Data é considerada uma referência na publicação de dados sobre a pandemia. Os dados correspondem à parcela da ômicron em todas as sequências analisadas nas duas semanas anteriores ao dia 27 de dezembro.

Em 13 de dezembro, a ômicron era responsável por apenas 2,85% dos casos de covid-19 sequenciados nas duas semanas anteriores, segundo os dados da Our World in Data, que indicam alta transmissibilidade da nova cepa.

Até esta quarta, o governo federal brasileiros registrava 170 casos confirmados da nova variante e outros 118 em investigação, mas estimava que a cepa já respondesse por cerca de um terço das infecções no país.

A variante foi detectada inicialmente em Botsuana e na África do Sul e reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 24 de novembro. Desde então, vem se espalhando a um ritmo vertiginoso. Em sua última contagem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que 128 países já confirmaram casos da ômicron.

A cepa já se tornou dominante na África do Sul, no Reino Unido, na França e nos EUA, entre outros países. Na Alemanha, a ômicron provavelmente se tornará dominante em questão de dias, declarou um porta-voz do Ministério da Saúde na quarta-feira (5/1).

Delta

Em agosto do ano passado, o município de Aparecida de Goiânia também foi o primeiro no estado a confirmar uma morte pela variante Delta. A primeira vítima fatal foi um idoso de 67 anos, que teve a morte constatada no domingo (8/8). Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva no hospital Garavelo.

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