Covid: Goiás ignora Queiroga e não exige receita para vacinar crianças
Estado decidiu seguir orientação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde para imunização contra Covid em grupo de 5 a 11 anos de idade
atualizado
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Goiânia – Goiás não vai exigir prescrição médica para vacinar crianças entre 5 e 11 anos de idade contra a Covid-19. O estado contraria o Ministério da Saúde e segue as recomendações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que se posicionou contra a exigência de pedido para a imunização.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na quinta (23/12), que o ministério recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais. Ele disse que não há urgência para vaciná-las, apesar de novas variantes se espalharem pelo país.
Nota
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SESGO) informou que segue, desde o início da pandemia, “a ciência e as diretrizes que comprovam a eficiência e segurança das ações aplicadas no combate aos agravos de saúde pública”.
De acordo com a secretaria, neste caso específico, em razão dos estudos realizados por diversas instituições no mundo sobre a imunização, “entende-se que a vacinação possui eficácia e benefícios comprovados para a proteção de várias doenças, incluindo a Covid-19”.
Além disso, a secretaria afirmou que, assim como determina a Constituição, a saúde é um direito de todo cidadão e, como recomendou o Conass, “entende que a prescrição médica para que crianças recebam a vacina não seja uma medida adequada”.
Anvisa
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade com o imunizante da Pfizer foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 16 de dezembro. A Anvisa é o órgão de estado responsável pela palavra final em relação à liberação de vacinas.
No entanto, até o momento, o Ministério da Saúde não adotou medidas para iniciar a aplicação da vacina em crianças. O governo federal somente anunciou a realização de uma consulta pública para ouvir a sociedade a respeito da imunização desse público.