Covid: Fiocruz alerta para alta de casos da subvariante BA.2 no país
Segundo a fundação, no mês de março, 3,4% dos genomas avaliados pela rede foram da BA.2, subvariante da cepa Ômicron
atualizado
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Dados da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgados nesta sexta-feira (8/4), apontam um aumento nos casos da subvariante BA.2 da cepa Ômicron no Brasil.
Segundo a fundação, no mês de março, 3,4% dos genomas avaliados pela rede foram da mutação BA.2. Em fevereiro, a porcentagem era de 1,1%. Os dados divulgados nesta sexta correspondem ao período de 18 a 31 de março.
De acordo com a Fiocruz, a rede já identificou 19.555 genomas da linhagem original da Ômicron, BA.1. Também foram registrados 4.290 genomas da subvariante BA.1.1 e 151 da BA.2.
A Rede Genômica também apontou que a região Norte do país teve um crescimento retardado da variante Ômicron. Agora, a mutação domina o cenário epidemiológico do Brasil.
“De acordo com as informações compiladas pela Rede, a variante Ômicron substituiu completamente a Delta no país e observa-se uma tendência de aumento da frequência de BA.2, fato também anteriormente verificado nos Estados Unidos e em alguns países da Europa”, consta no comunicado publicado pela rede.
“Mais transmissível”
Dados divulgados em fevereiro mostram evidências de que a subvariante da Ômicron BA.2 é mais infecciosa do que a BA.1, cepa original encontrada na África do Sul, mas não há sinais de maior gravidade.
Durante um briefing virtual, a diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, destacou que vários estudos mostraram uma “vantagem de crescimento” de 63% para a subvariante em relação à Ômicron, o que explica a transmissibilidade e o escape de vacinas.