Covid: entenda as recomendações da Anvisa para vacinas de reforço
Agência aconselha o uso do mesmo imunizante inoculado nas vacinações anteriores. Exceção é para quem tomou Coronavac: reforço com Pfizer
atualizado
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Nesta quarta-feira (24/11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez recomendações sobre a aplicação das doses de reforço dos imunizantes contra a Covid-19. A agência autorizou a inclusão da dose extra na bula da vacina Pfizer, farmacêutica que havia feito pedido nesse sentido em setembro.
Os pedidos da AstraZeneca e da Janssen continuam sob avaliação. Para a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac, ainda não houve pedido apresentado para a agência.
A Anvisa recomenda, na dose de reforço o uso dos mesmos imunizantes aplicados na primeira e segunda doses, a chamada vacinação homóloga. A única exceção é para quem foi imunizado com a Coronavac: este deve tomar a dose de reforço da Pfizer, que utiliza tecnologia com maior proteção comprovada.
“Recomenda-se, preferencialmente, vacina heteróloga da tecnologia mRNA aprovada pela Anvisa, para o esquema da vacinação de reforço referente ao esquema primário da vacina Coronavac”, pontuou a diretora Meiruze Sousa Freitas.
No caso de quem se imunizou com AstraZeneca ou Janssen, a fórmula da Pfizer pode ser aplicada como reforço se necessário, mas a preferência é pela dose extra com o mesmo imunizante.
“Até que a Anvisa decida os dois protocolos já submetidos à agência para a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Janssen e da vacina da AstraZeneca/Fiocruz, recomenda-se, preferencialmente, as vacinas conforme o esquema homólogo proposto pelos desenvolvedores para os esquemas da vacinação de reforço referentes ao esquema primário das vacinas da AstraZeneca/Fiocruz e Janssen”, declarou Meiruze em seu voto.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informa que, conforme indicado pela Anvisa, o prazo para aplicação da dose de reforço considera o cenário epidemiológico e os estudos de efetividade dos imunizantes, podendo ser flexibilizado o período de intervalo das doses, que pode ser ministrado diferente do descrito na bula do medicamento.
A pasta informa ainda que irá avaliar a decisão da agência em relação ao aumento do intervalo de doses da vacina da Pfizer.