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Covid e desinformação: Twitter se defende, mas admite rever processos

Rede social foi cobrada pelo MPF a explicar por que reluta em tomar medidas para combater fake news sobre pandemia e vacinação no Brasil

atualizado

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Twitter
1 de 1 Twitter - Foto: Alexander Shatov/Unsplash

Cobrado pelo Ministério Público Federal (MPF) a se explicar sobre controle de informações falsas, falta de canais para usuários brasileiros denunciarem desinformação sobre a Covid-19 e sobre o processo de verificação de perfis, a rede social Twitter publicou no início da noite desta quinta-feira (6/1) uma nota defendendo suas práticas.

A rede social com sede nos Estados Unidos tem enfrentado críticas no Brasil por supostamente fazer corpo mole em relação à divulgação de postagens com informações falsas sobre a pandemia de coronavírus e à vacinação contra a Covid-19.

Enquanto nos EUA a plataforma adota medidas mais duras, como a recente exclusão definitiva da conta de uma deputada republicana chamada Marjorie Taylor Greene por violações à proibição de divulgar informações incorretas sobre a doença, no Brasil atitudes assim não ocorrem e a empresa chegou a verificar com selo azul o perfil de uma militante bolsonarista que foi investigada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por espalhar mentiras nas redes sociais.

Além disso, o Twitter ativou em países como EUA, Austrália e Coreia do Sul um canal de denúncias específicas sobre desinformação sobre a Covid-19, mas o Brasil ficou de fora. Diante de tudo isso, o Ministério Público Federal (MPF) deu 10 dias úteis – a partir desta quinta (6/1) – para que a empresa se explique. A prestação de contas pública vem horas depois.

Na nota, o Twitter informa que avalia “internamente revisões em processos e análises”, mas gostaria de “esclarecer alguns pontos”.

“Desde março de 2020, o Twitter possui uma política para tratar informações enganosas sobre Covid-19. Ela não prevê a atuação em todo conteúdo inverídico ou questionável sobre a pandemia, mas em Tweets que possam expor as pessoas a mais risco de contrair ou transmitir a doença”, diz o texto. “Nossa abordagem a desinformação vai além de manter ou retirar conteúdos e contas do ar. O Twitter tem o desafio de não arbitrar a verdade e dar às pessoas que usam o serviço o poder de expor, contrapor e discutir perspectivas. Isso é servir à conversa pública”, argumenta ainda a empresa.

Sobre o canal de denúncias sobre desinformação relativa à Covid-19, o Twitter diz que o serviço está em teste em outros países e que “a eventual implementação em todo o mundo dependerá dos resultados aferidos”.

Em relação à verificação de perfis, a empresa argumentou que “o selo azul tem como objetivo confirmar a autenticidade de perfis de alto alcance e engajamento”, mas que “o processo de implementação requer aprendizado e revisões, dado que é recente e está sujeito a imprecisões e equívocos”.

Veja a manifestação completa do Twitter Brasil, que também reclamou de cobranças de usuários da plataforma feitas a funcionários e gestores da empresa. “Ninguém no Twitter é responsável, sozinho, por nossas decisões, e é lamentável ver pessoas que trabalham na empresa sofrerem cobranças dirigidas como se respondessem pelas medidas isoladamente”, diz a nota.

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