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Covid: conselho alerta para aumento de casos no segundo semestre

Atraso na aplicação da segunda dose pode resultar em aumento de casos, hospitalizações e óbitos, alerta presidente do Conass

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Paula Fróes/GOVBA
Internado com Covid-19
1 de 1 Internado com Covid-19 - Foto: Paula Fróes/GOVBA

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, alertou para um possível aumento de casos e hospitalizações por Covid-19 a partir do segundo semestre deste ano. O discurso ocorreu durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT).

Segundo o médico, que também é secretário de Saúde do Espírito Santo, a quantidade de pessoas com a segunda dose da vacina atrasada é determinante para uma piora no cenário dos próximos meses.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Dados do Ministério da Saúde, publicados na plataforma Localiza SUS neste sábado (30/4), apontam que 174.8 milhões de brasileiros tomaram a 1ª dose da vacina. Cerca de1 54.7 milhões receberam a 2ª dose. A diferença é de aproximadamente 20 milhões.

“Considerando a quantidade de pessoas aptas atrasadas e há mais de seis meses sem receber a última dose que temos no Brasil, o cenário do segundo semestre neste ano pode ser um cenário de risco”, afirmou Nésio.

O secretário afirmou que o cenário pode ser controlado se o governo investir em ações para “recuperar a capacidade de vacinação da população brasileira”. Nésio ressaltou a importância de estabelecer meta de ao menos 90% para a cobertura vacinal contra Covid. “Podemos ter um segundo semestre com máscaras e muitos testes”, pontuou.

O gestor propôs que um plano de ação seja criado nos próximos 90 ou 120 dias.

“Precisamos ter documentada qual é a meta de vacinação. Precisamos ter 90% das crianças vacinadas com esquema completo, 90% dos adultos, dos idosos, com segunda dose e reforço. Até hoje não temos documentação de qual é a meta de vacinação. É preciso estabelecer qual é a meta e quando e quais ações vamos estabelecer para alcançar a meta em um menor espaço de tempo”, ressaltou.

Indicadores

De acordo com o Consórcio de Veículos de Imprensa, o Brasil vacinou 82,12% da população com a 1ª dose e 75,68% com a segunda. Somente 38,65% dos brasileiros receberam a dose de reforço.

O Brasil registrou 185 mortes provocadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas. A média de óbitos diários está em 121. O número representa alta de 18% em relação ao verificado há 14 dias.

Este é o primeiro aumento em 65 dias. O índice estava em queda desde 22 de fevereiro.

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