Covid: com apagão de dados, média móvel de mortes no Brasil vai a 100
Nas últimas 24 horas, foram 95 mortes e 3.196 novos infectados registrados em todo o país, segundo dados do Conass
atualizado
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O Brasil registrou, nesta quinta-feira (23/12), média móvel diária de 100 óbitos. É o 16º dia consecutivo em que o indicador está abaixo de 190 óbitos. Em comparação com o verificado há 14 dias, houve variação de -45%, sinalizando desaceleração nos óbitos.
Pelo menos 6 estados, entretanto, tiveram problemas com a apresentação de dados para o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass): RJ, SC, PR, PB, GO e TO. Isso sinaliza que a média aumentará nos próximos dias, quando os dados forem atualizados sem represamento.
Nas últimas 24 horas, foram 95 mortes e 3.196 novos infectados registrados em todo o país. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conass.
No total, o Brasil já perdeu 618.223 vidas para a doença e computou 22.223.910 casos de contaminação.
Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.
Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.
Média móvel
Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.
Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete.
O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.