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Covid: Brasil teve mais mortes por 100 mil habitantes que 159 países

Ipea revela que o Brasil teve mais óbitos por Covid do que 89,3% de 178 países e houve maior queda em empregos do que em 84,1% de 63 nações

atualizado

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Valdemar Martins, de 73 anos, dono de loja de artigos de papelaria e presentes
1 de 1 Valdemar Martins, de 73 anos, dono de loja de artigos de papelaria e presentes - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O Brasil registrou em 2020 mais mortes por Covid-19 do que 89,3% de 178 países com dados compilados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já registros de ocupação reunidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam que o Brasil teve uma queda nos empregos maior do que em 84,1% de 63 países analisados, entre os três últimos trimestres de 2019 e de 2020.

Estes dados fazem parte de uma nota técnica preliminar publicada na última sexta-feira (14/5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Para elaborar o relatório, o Ipea optou por comparar as mortes através da taxa de óbitos por 100 mil habitantes, como uma maneira de evitar que o tamanho da população de cada país afete as comparações.

“Nos períodos analisados, o Brasil e outros países latino-americanos estão entre os mais atingidos do mundo em perdas de vidas e de empregos. Países da Oceania, da Ásia e da Escandinávia figuram entre os menos atingidos nas duas dimensões em 2020”, diz Marcos Hecksher, assessor especializado da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Ipea.

Perda de vidas

“Entre 179 países com algum registro de morte por Covid-19 em 2020 na compilação da OMS, o Brasil aparece com a 20ª maior proporção de sua população vitimada. Dos demais 178 países com algum registro, 159 (ou 89,3%) tiveram menos mortes por 100 mil habitantes que o Brasil”.

“Quando a comparação desses registros é ajustada à distribuição populacional por faixa etária e sexo em cada país, o resultado brasileiro se torna pior que os de 94,9% dos mesmos 178 países”, afirma o estudo.

Isto é, quando o Ipea analisou o número de mortes estimado para pessoas de diferentes idades e sexos, o Brasil se saiu pior do que o esperado, tornando o risco de morrer de Covid-19 3,6 vezes maior no Brasil do que no resto do mundo.

“O risco de morrer de Covid-19 no Brasil foi 2 mil vezes maior que no Vietnã, segundo os registros dos dois países”, diz a nota técnica.

Perda de empregos

Para comparar o impacto da pandemia no mundo do trabalho, o Ipea utilizou dados compilados pela OIT de 63 países com os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicíliosv(PNAD) Contínua, do IBGE.

Segundo o Instituto, o Brasil já não ia bem nessa área. Dos 64 países, o Brasil tinha o 25º menor nível de ocupação, com 55,8% de sua população em idade de trabalhar ocupada. Um ano depois, durante a pandemia, essa taxa caiu para 48,8%. Com menos da metade da população apta a trabalhar com algum serviço, o país passou a ter a 16ª menor taxa de ocupação. O país com o pior índice é a Palestina.

O Ipea faz uma ressalva metodológica, dizendo que “comparações internacionais são quase sempre sujeitas a diferenças entre os métodos de apuração dos indicadores em cada país e os padrões de erro cometidos”. Além disso, o Instituto diz que a coleta de dados do IBGE pode ter sido prejudicada pela substituição da coleta presencial pela telefônica.

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Ele decidiu manter as portas do restaurante fechadas mesmo na fase de transição
A especialidade da casa é comida mexicana
Erik comparece de segunda a domingo no local de trabalho
Atualmente, o La Buena Onda só permite entregas e retiradas
Ieda de Matos, proprietária do restaurante Casa de Ieda
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Erik Araujo, proprietário do restaurante La Buena Onda Fast Casual

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Ele decidiu manter as portas do restaurante fechadas mesmo na fase de transição

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A especialidade da casa é comida mexicana

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Erik comparece de segunda a domingo no local de trabalho

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Atualmente, o La Buena Onda só permite entregas e retiradas

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Ieda de Matos, proprietária do restaurante Casa de Ieda

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O negócio é familiar e inclui o marido, José Carmo, e o filho, Everton de Matos

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Ieda cozinha pratos típicos da Chapada Diamantina

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Mas viu a demanda por acarajé crescer na pandemia

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Ela trabalha na unidade apenas duas vezes na semana

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Lucas Alves, sócio da Santiago Padaria Artesanal

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Os clientes da padaria podem fazer pedido no balcão, mas o consumo no local é proibido

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Alves critica a falta de senso de coletivo de clientes que ignoram o uso de máscara

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O sócio da Santiago teve de demitir funcionários

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Ele não sente segurança para abrir as portas para a clientela

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