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Covid: Brasil tem semana epidemiológica com menos mortes desde março

Foram registrados 10,8 mil óbitos na última semana epidemiológica, encerrada no sábado. Em casos, resultado é o menos ruim desde fevereiro

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Aline Massuca/Metrópoles
Hospital Ronaldo Gazolla, referência no tratamento de Covid no Rio de janeiro pacientes uti
1 de 1 Hospital Ronaldo Gazolla, referência no tratamento de Covid no Rio de janeiro pacientes uti - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

A última semana epidemiológica no país, entre os dias 27/6 e 3/7, terminou com o menor número de mortes por Covid-19 desde março deste ano. Foram 10.852 óbitos no período, uma queda de 9%.

Em relação à quantidade de casos, o resultado é o menos ruim desde fevereiro. Os 355.131 novos infectados, entre o fim de junho e o início de julho, são a menor quantidade desde fevereiro, numa diminuição de 29,4%.

A última vez que os números estiveram nesse patamar havia sido em fevereiro deste ano. Na semana entre os dias 14/2 e 20/2, foram notificados 329.394 casos.

Já na semana dos dias 28/2 a 6/3, 10.104 mortes foram registradas. No gráfico abaixo, é possível perceber o distanciamento entre as semanas observadas:

Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), e foram levantados e analisados pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

Para especialistas, a diminuição nas notificações de mortes e casos de coronavírus é resultado do reflexo da corrida para imunizar a população por meio da vacinação contra a Covid-19. Na terça-feira, o Metrópoles mostrou, em um levantamento utilizando os dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), que as internações e mortes em maiores de 60 anos caíram nas últimas semanas em todo o país.

A faixa dos maiores de 60 anos foi, desde o começo da pandemia, a parcela mais expressiva entre os óbitos documentados no Brasil. O médico infectologista Eder Gatti afirma que o avanço da vacinação demonstra como ela é efetiva para contenção da pandemia do coronavírus.

“Se pegarmos dados de internações e óbitos por síndrome respiratória aguda grave, percebemos como isso [a vacinação] é eficaz. As incidências em pessoas nas faixas etárias acima dos 60 anos caem, enquanto que as de 40 até 59 anos começam a crescer pelo fim de abril. E a diferença que nós temos entre esses dois grupos é apenas a imunização”, explica Gatti.

Para o especialista, entretanto, medidas restritivas de circulação e aglomerações não podem ser deixadas de lado, já isso facilitaria que novas variantes surjam com as infecções.

No estado de São Paulo, por exemplo, o governador João Doria (PSDB) anunciou a ampliação dos horários de funcionamento do comércio e de serviços não essenciais, que a partir da próxima sexta-feira podem funcionar até as 23h.

Segundo dados do Vacinômetro, atualizados até a noite desta quarta-feira, 17,8% da população adulta do estado estava devidamente imunizada, seja com a segunda dose ou com dose única de vacina. Na última semana de junho, a capital paralisou a vacinação contra Covid-19 por falta de imunizantes. O governo estadual, que repassa as doses aos municípios, atribuiu a falta de insumos a atrasos nas entregas previstas pelo Ministério da Saúde.

“Por mais que nós continuemos avançando, ainda vamos viver com a Covid-19 entre nós. Por isso, temos que ir avançando na vacinação, mas mantendo algumas medidas, até que tenhamos efetivamente mais pessoas com o ciclo de imunização completo”, afirma o especialista.

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