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Covid: 7 governadores e 20 parlamentares se infectaram em 2022

Onda de contaminação entre a classe política atinge também prefeitos, ministros e presidentes de instituições e de partidos

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Em meio ao avanço da variante Ômicron no Brasil, diversos políticos anunciaram nos primeiros dias de 2022 que testaram positivo para a Covid-19 pela primeira ou pela segunda vez. Não há confirmação, todavia, de qual variante é a responsável pela onda de contaminações entre a classe política. Ao menos sete governadores e 20 parlamentares disseram ter sido infectados ou reinfectados pelo vírus neste ano, além de prefeitos e ministros.

Dos sete chefe dos Executivos estaduais, quatro foram reinfectados pela Covid nas primeiras semanas deste ano – Carlos Moisés (Santa Catarina), Helder Barbalho (Pará), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro). O catarinense e o gaúcho já haviam contraído a doença em julho de 2020, enquanto o paraense teve em abril do mesmo ano, e o fluminense, em dezembro de 2020.

Os governadores Flavio Dino (Maranhão), Ratinho Junior (Paraná) e Romeu Zema (Minas Gerais) testaram positivo pela primeira vez.

Seis parlamentares anunciaram ter sido reinfectados. Os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS), defensor contumaz de medicamentos sem comprovação de eficácia para a doença, Jorginho Mello (PP-SC) e Kátia Abreu (PP-TO), e os deputados federais Marcio Marinho (Republicanos-BA), Tabata Amaral (PSB-SP) e Rejane Dias (PT-PI), que é primeira-dama do Piauí.

Heinze e Kátia tinham sido contaminados pela primeira em novembro de 2020. Mello, em abril do mesmo ano. A deputada piauiense havia pego pela primeira vez em agosto de 2020; o baiano, em julho de 2020; e a paulistana, em janeiro de 2021.

Contudo, a quantidade de congressistas que testaram positivo pela primeira vez é ainda maior. Ao menos 14 avisaram ter contraído o vírus neste ano — os senadores Paulo Rocha (AP), líder do PT; Esperidião Amin (PP-SC); Marcelo Castro (MDB-PI); Fabiano Contarato (PT-ES); e Mecias de Jesus (Republicanos-RR), além dos deputados Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da minoria; Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição; Isnaldo Bulhões, líder do MDB; Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), filho de Mecias; Jerônimo Goergen (PP-RS); Célio Moura (PT-TO); José Nunes (PSD-BA); Danilo Forte (PSDB-CE); e André Janones (Avante-MG), pré-candidato à Presidência da República, completam a lista até aqui dos que foram infectados pela primeira vez.

Prefeitos

Além deles, seis prefeitos testaram positivo para a Covid neste ano — três deles, pela segunda vez. Os prefeitos do Recife (PE), João Campos (PSB), que é namorado da deputada Tabata Amaral; de Caldas Novas (GO), Kleber Marra (Republicanos); e de Goiânia (GO), Rodrigo Cruz (Republicanos), se reinfectaram.

Campos teve em janeiro do ano passado e Cruz foi contaminado pela primeira vez em outubro de 2020, durante a campanha eleitoral. À época, era vice do então candidato a prefeito, Maguito Vilela (MDB), que morreu em decorrência de complicações da doença, depois de eleito. Marra teve em fevereiro de 2021.

Os prefeitos de Campo Grande (MS), Marquinhos Trad (PSD), de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), e de Guarulhos (SP), Guti (PSD), tiveram a doença pela primeira vez.

Ministros

O vírus também contaminou três ministros do governo Jair Bolsonaro neste ano. Um deles, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, testou positivo para a Covid pela segunda vez. A primeira vez foi em julho de 2020.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

Peter Dazeley/ Getty Images
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, tiveram a doença pela primeira vez. Outro auxiliar de Bolsonaro que testou positivo pela primeira vez foi o secretário especial da Cultura, Mario Frias.

Outros casos

O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, que foi um dos primeiros casos de Covid brasileiro em março de 2020, pegou novamente a doença este ano. Ele fez parte da comitiva presidencial que foi a Miami, nos Estados Unidos, e retornou ao país com diversos infectados.

Três presidentes de partidos testaram positivo nos último dias: ACM Neto (BA), do DEM, Gilberto Kassab (SP), do PSD, e Roberto Jefferson (RJ), preso e atualmente licenciado do PTB, que foi reinfectado. Já o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também foram contaminados pela primeira vez.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), ex-candidato à Presidência em 2018 e atual candidato ao governo de São Paulo, também testou positivo para a Covid, assim como o ex-ministro Sergio Moro (Podemos), pré-candidato à sucessão de Bolsonaro nas eleições de outubro.

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