Covid: 43% gostariam de escolher a vacina a ser aplicada, diz estudo
Dados foram divulgados na 4ª edição do estudo Os Brasileiros, a Pandemia de Covid-19 e o Consumo, publicado pela CNI
atualizado
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Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 90% dos brasileiros tomariam qualquer vacina contra a Covid-19, sem levar em conta o laboratório fabricante. Os dados foram divulgados na 4ª edição do estudo Os Brasileiros, a Pandemia de Covid-19 e o Consumo, publicado nesta sexta-feira (30/7).
Realizado em parceria com o Instituto FSB, o estudo entrevistou 2 mil indivíduos nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, entre os dias 12 e 16 de julho. Entre as pessoas ouvidas, porém, 43% afirmaram que gostariam de escolher o laboratório da vacina. No entanto, apenas 9% declararam que não se vacinariam caso o imunizante oferecido não fosse o de preferência.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, acredita que os números levantados pelo estudo demonstram um cenário favorável para a retomada futura do mercado econômico.
“Sabemos que a vacinação em massa é fundamental para a retomada econômica. E, quando falo em retomada, falo principalmente em mais empregos, mais renda e mais qualidade de vida para a população. A imunização é o único caminho para proteger a saúde e afastar o risco do coronavírus”, disse.
O estudo também avaliou o medo dos entrevistados em relação à pandemia, que vem diminuindo ao longo dos meses, um reflexo da campanha da vacinação. Entre os entrevistados, 47% afirmaram ter medo grande ou muito medo do coronavírus. Em abril deste ano, o percentual era de 56%.
O medo de frequentar espaços comerciais também diminuiu: há três meses, 39% dos entrevistados tinham medo muito grande ou grande de frequentar shoppings. Em julho, o percentual caiu para 24%. Além disso, o número de pessoas que tinham muito receio ou receio grande de ir a bares e restaurantes caiu de 45% para 34%. Veja o gráfico a seguir.
Gravidade da pandemia
Segundo o estudo divulgado pela CNI, a percepção dos brasileiros sobre a gravidade da pandemia no Brasil é alta, mas apresenta queda em relação aos meses anteriores. Entre abril e julho, o percentual de pessoas que consideram a situação grave caiu de 89% para 72%. “Há um ano, em julho de 2020, eram 84% os que afirmavam ser grave o coronavírus no país”, informou a pesquisa.
“O medo é menor devido à percepção de que a mortalidade da pandemia diminuiu muito com o avanço da vacinação. Entre abril e julho, o percentual de pessoas que apostam no aumento do número de casos e mortes recuou de 44% para 18%. Em contrapartida, subiu de 41% para 70% a fatia de brasileiros que apostam na redução da pandemia”, aponta a CNI.
Os dados mostraram, ainda, uma melhora na percepção dos entrevistados em relação à economia. Com menos medo de sair de casa, 48% pessoas ouvidas acreditam que o cenário econômico está em recuperação. Em abril, o percentual era de apenas 18%.
Vacinação
Apesar de ter mais segurança para frequentar espaços comerciais, a população ainda acredita que a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil caminha lentamente. A porcentagem de pessoas que consideram a vacinação um pouco lenta ou muito lenta totaliza 62%.
Em abril deste ano, no entanto, a porcentagem era maior. Os dados deste mês representam queda de 21% no número de brasileiros que consideram a imunização lenta no país. Além disso, o mês de julho, em especial, foi positivo na análise dos entrevistados: 68% acreditam que o ritmo de vacinação aumentou em julho em relação ao mês anterior.
O agendamento e as filas para vacinação são outro ponto levantado pelos entrevistados: apenas 67% disseram ter agilidade no cadastro, e 46% consideraram os postos cheios. Apesar desses números, 90% das pessoas que já receberam a primeira dose consideram o atendimento ótimo ou bom no momento da aplicação.