Covid no Brasil: 32% receberam 1ª dose da vacina; só 14,7% tomaram a 2ª
País bateu marca de 50 milhões de pessoas vacinadas com 1ª dose de imunizantes contra a Covid-19. Apenas 23,5 milhões receberam 2ª dose
atualizado
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O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (9/6), que o país bateu a marca de 50 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose de imunizantes contra a Covid-19. O número representa 32% da população vacinável, segundo o Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
De acordo com o PNO, 160 milhões de brasileiros fazem parte dos grupos vacináveis no país. Apesar do marco de 50 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose, apenas 23,5 milhões de brasileiros foram contemplados com a segunda aplicação. O número representa 14,7% do público-alvo.
Especialistas apontam que somente a primeira dose da vacina não garante proteção contra o coronavírus. Para que a porcentagem de eficácia seja totalmente atingida, é preciso que as duas etapas sejam cumpridas corretamente.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já declarou em diversas ocasiões que pretende vacinar toda a população adulta brasileira até o fim de 2021. Na terça-feira (8/6), durante sua segunda participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado Federal, o cardiologista reforçou o objetivo.
“A OMS previu se atingir essa meta de 10% da população mundial em outubro. A nossa meta é vacinar até o fim do ano a população acima de 18 anos. Em dezembro, teremos condições de vacinar a população brasileira com as doses que já estão contratadas”, disse, ressaltando que “esse é o objetivo, desde que haja doses suficientes.”
Ainda de acordo com o ministro, o Programa Nacional de Imunização tem capacidade de aplicação de 2,5 milhões de doses por dia, e conta, para isso, com 38 mil salas de vacinação em todo país.
Distribuição de doses
Segundo o Ministério, até o momento, foram distribuídas 105 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aos estados e ao Distrito Federal. Atualmente, o Brasil aplica três imunizantes: Pfizer/BioNTech, Coronavac (produzida pelo Instituto Butantan) e AstraZeneca (produzida pela Fundação Oswaldo Cruz).
Além de receber vacinas dos três laboratórios, o Brasil também compra imunizantes por meio do consórcio internacional Covax Facility, coordenado pela Organização Mundial da Saúde.
Para o mês de junho, a previsão é de que 39,8 milhões de doses sejam entregues ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Do total, 18 milhões são da Fiocruz, 5 milhões do Butantan e 12 milhões da Pfizer. Há, ainda, a previsão de 4 milhões de vacinas AstraZeneca e 842 mil unidades da Pfizer entregues pelo Covax Facility.
Apesar das previsões otimistas para este mês, Queiroga afirmou, durante a CPI, que o Brasil deve enfrentar dificuldades no abastecimento de vacinas nos meses de julho e agosto. “Nós vamos ter alguma dificuldade em julho e agosto, mas o Ministério da Saúde tem acerto com a AstraZeneca para fornecer IFA [ingrediente farmacêutico ativo] até que a Fiocruz possa produzir vacinas suficientes com IFA nacional”, explicou.