Covid-19: Queiroga nega desabastecimento de vacinas para crianças
Apesar de diversos estados relatarem problemas nos estoques do imunizante para o público infantil, ministro disse que não há falta de doses
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou a falta de vacinas contra a Covid-19 para crianças de 3 e 4 anos de idade. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (15/8), em entrevista à GloboNews.
Apesar de diversos estados relatarem problemas nos estoques do imunizante para o público infantil, o ministro disse que não há falta de doses. Atualmente, a Coronavac é a única vacina contra a Covid com uso autorizado para crianças de 3 e 4 anos de idade. O público é formado por 5,6 milhões de pessoas.
Para evitar crises de desabastecimento, Queiroga recomendou que estados e municípios façam remanejamento de imunizantes. “Há vacinas. Tem estados em que a vacina está faltando. Estamos fazendo a realocação dessas vacinas”, assinalou.
Questionado sobre a compra de doses para distribuição aos estados, Queiroga afirmou que a pasta está em tratativas com a Organização Pan-Americana para viabilizar a compra de vacinas junto ao consórcio internacional Covax Facility.
O ministro pontuou que o Instituto Butantan deve entregar as doses do imunizante apenas em setembro. Por isso, a pasta busca outras soluções para abastecer os estados.
Em 19 de julho, o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, destacou que a pasta pretendia entregar vacinas para o público infantil no prazo de 30 dias. A data-limite é a próxima sexta-feira (19/8) e, até o momento, a entrega de imunizantes não foi normalizada.
Fabricação de vacinas
Após algumas unidades federativas, como o Rio de Janeiro e o Distrito Federal, interromperem a vacinação de crianças de 3 a 4 anos com o imunizante Coronavac devido à falta de estoque, o Instituto Butantan voltou a importar o ingrediente para produção.
“O Instituto Butantan já importa quantidade de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para produzir as doses para atender ao esquema vacinal primário completo de toda a população brasileira desta faixa etária”, afirmou a entidade em nota.
De acordo com o instituto, a intenção é disponibilizar a vacina o mais rápido possível. A distribuição aos estados e municípios está prevista para setembro.
“O Butantan dialoga constantemente com o Ministério da Saúde e aguarda posicionamento oficial da pasta sobre as ofertas de venda da vacina Coronavac ao Programa Nacional Nacional de Imunizações (PNI)”, complementa.