Covid-19: médico emociona ao dançar forró com paciente em UTI
Pedro Carvalho Diniz disse que as imagens são uma mensagem de esperança para pacientes, familiares e profissionais que combatem a doença
atualizado
Compartilhar notícia
De máscara, viseira, luvas e macacão, o médico Pedro Carvalho Diniz mostrou que sabe dançar forró. Porém, bem mais que isso, ele deu esperança a todos os pacientes com Covid-19 que lutam para vencer a doença.
Em imagens que viralizaram nas redes sociais, o profissional de saúde surge dançando Asa Branca, clássico de Luiz Gonzaga, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), em Petrolina (PE).
#Coronavírus: médico emociona ao dançar forró com paciente em UTI
Pedro Carvalho Diniz disse que as imagens são uma mensagem de esperança para pacientes, familiares e profissionais que combatem a doença https://t.co/SFoY28M5depic.twitter.com/AnzdCz00Vm
— Metrópoles (de ?) (@Metropoles) April 21, 2020
Seu par? Uma paciente de 29 anos que passou duas semanas entubada tratando do coronavírus. “Ela foi nossa primeira paciente com a Covid-19. Foi internada na UTI no dia 2 de abril e eu a entubei no dia 3. O vídeo foi feito ontem [20/04]. Foi uma forma não apenas de testar a dependência dela de oxigênio, mas de humanizar o atendimento”, contou Diniz ao Metrópoles.
Para ele, a pandemia trouxe uma necessidade ainda mais elevada de tornar a relação entre médicos e pacientes mais humana. Pela exigência de um aparato de segurança constante para evitar que a equipe de saúde seja contaminada, momentos como esse servem para os pacientes se sentirem mais próximos de quem cuida deles.
“A Covid-19 trouxe uma nova dimensão do que é humanização porque nos tornamos anônimos. Ficamos paramentados com máscara, viseira, macacão, luvas e isso nos tornou anônimos. Dançar foi uma forma da gente se aproximar da paciente”, explicou o médico, que está morando com um amigo porque, tendo um filho de 4 anos e outro de 5 meses, precisa evitar contato.
E o tratamento humanizado não teve apenas um bom forró. Os profissionais também deram um jeito da mulher ver a família da varanda do quarto. Além disso, trouxeram o aparelho de celular, permitindo que ela pudesse conversar com a esposa. “Isso reduziu a ansiedade dela e aumentou as esperanças. E meu deixou mais tranquilo”, completou Pedro.