Covid-19: por lockdown, Witzel bloqueia estradas e restringe circulação
Governador do Rio de Janeiro admitiu, em ofício enviado ao MPRJ, que o sistema de saúde do estado está a beira de um colapso
atualizado
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O governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) disse que está sendo elaborada uma proposta de lockdown (isolamento total) no estado em uma tentativa de combater a pandemia do novo coronavírus.
Entre as ações estudadas pela equipe do governador, estão o bloqueio de todas as entradas do estado, a proibição de circulação de pessoas e o uso obrigatório de máscaras.
Witzel admitiu, em ofício enviado nessa quinta-feira (07/05) ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que o estado está caminhando para o consequente colapso do sistema de saúde.
Hoje, o Rio de Janeiro é a segunda unidade federativa mais afetada pela Covid-19 no país: são 14,1 mil casos e 1,3 mil óbitos. Para piorar, segundo o governador, o aumento de casos da doença ainda não atingiu o auge.
Ele também informou que, ao que tudo indica, os esforços empreendidos para ampliar a rede de serviços de saúde têm sido insuficientes para estabelecer uma retaguarda segura.
Ainda de acordo com o ofício enviado, Witzel reconhece que a experiência internacional mostrou que o aprofundamento das medidas restritivas foram fundamentais para a redução do número de casos e óbitos.
Por isso, determinou a elaboração da proposta de lockdown. O governador detalhou as seguintes ações em estudo:
- Bloqueio de todas as entradas do estado do Rio de Janeiro e intermunicipais
- Proibição expressa da circulação de pessoas e veículos particulares
- Poderão circular no caso de atividades de segurança, de manutenção da vida e da saúde, compras de gêneros alimentícios e serviços essenciais de entrega em domicílio
- Criação de um documento de autodeclaração amplamente disponibilizado para ser preenchido por toda pessoa que necessite circular
- Tornar obrigatório o uso de máscaras para todos que tiverem que justificadamente circular pelas cidades.
Essas propostas foram apresentadas no ofício enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Confira aqui a íntegra do documento.