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Covid-19: exército paraguaio cava valas para barrar brasileiros

Exército começou a cavar na divisa de Ponta Porã (MS) nessa segunda-feira (21/04). Governo se reúne para tentar impedir ação

atualizado

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Exército paraguaio coloca arame farpado em fronteira brasileira
1 de 1 Exército paraguaio coloca arame farpado em fronteira brasileira - Foto: divulgação

O governo do Paraguai cavou valas na divisa com Ponta Porã (MS) para evitar a entrada de brasileiros em uma medida que, segundo o país vizinho, visa a prevenção ao novo coronavírus.

As valas foram cavadas onde não há pneus e arames farpados. Esses materiais já tinham sido colocados para bloquear a passagem de cidadãos do Brasil.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira (22/04) pela Prefeitura de Ponta Porã ao Metrópoles.

Os entraves estão sendo colocados há alguns dias pelo lado paraguaio da fronteira. Uma das cidades que teve as divisas cercadas é Pedro Juan Caballero.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, prorrogou, na sexta-feira (17/04), a quarentena no país pela terceira vez. O Exército do país está monitorando a fronteira com o Brasil desde 18 de março.

Ainda hoje, conforme apurado pelo Metrópoles, a prefeitura de Ponta Porã se reúne com autoridades do Paraguai. O comércio local tem sido bastante afetado por causa da barreira.

Em entrevista à rádio Universo 970, o porta-voz da Força de Tarefa Conjunta (FTC) do Paraguai, Luis Apesteguía, disse que todas as pessoas que tentarem violar a quarentena serão presas e encaminhadas ao Ministério Público.

“O governo decretou o fechamento das fronteiras. Estamos garantindo isso, [mas] é muito difícil [que estejam] 100% [fechadas], já que é uma fronteira seca”, disse, conforme registrado no jornal La Nación, do Paraguai.

O país registra 213 casos de Covid-19. Nove pessoas, sendo uma em Pedro Juan Caballero, morreram por causa da doença.

Mato Grosso do Sul, por sua vez, tem 173 casos confirmados e seis óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde.

O Itamaraty foi procurado para comentar a situação, mas não se posicionou até a última edição desta reportagem. O espaço continua aberto.

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