Covid-19: CFF alerta farmacêuticos sobre ineficácia do tratamento precoce
O conselho alerta que possíveis situações de infrações éticas ou descumprimento das normas sanitárias devem ser denunciadas
atualizado
Compartilhar notícia
Após diversas polêmicas e incentivos, por autoridades, ao tratamento precoce da Covid-19, o plenário do Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovou um manifesto, na manhã dessa quinta-feira (28/01), cujo objetivo é alertar para a responsabilidade profissional na dispensação de medicamentos, além de expressar posiciinamento a favor das vacinas.
Em nota, o CFF afirma seu apoio à assistência à saúde baseada em evidências científicas. O conselho também “assinala como fez em várias oportunidades anteriores que, com exceção das vacinas anticovídicas cujo uso emergencial foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as melhores evidências científicas são de que não há medicamento que evite que pessoas fiquem doentes ao serem infectadas pelo novo coronavírus e nem que cure a Covid-19”.
A orientação do CFF é que alguns medicamentos disponíveis atualmente são indicados para tratar sinais e sintomas da doença, porém, somente devem ser usados sob a prescrição e a supervisão médicas, além do acompanhamento de farmacêuticos e outros profissionais da saúde legalmente habilitados, “sendo fortemente desaconselhada a automedicação em virtude do risco de mascarar a evolução da doença e provocar o aparecimento de reações adversas que comprometam a segurança e a vida do paciente”, acrescenta.
“O conselho lembra aos farmacêuticos que é sua obrigação legal e ética promover o uso racional de medicamentos, estando, estes, sujeitos às sanções cabíveis em caso de descumprimento da legislação e das normativas que regem sua profissão”, diz o CFF.
O conselho ainda alerta para a população que possíveis situações de infrações éticas e descumprimento das normas sanitárias devem ser denunciados aos conselhos regionais de Farmácia e aos órgãos de vigilância sanitária locais.
Por fim, o CFF recomenda aos farmacêuticos que reforcem a orientação das medidas de prevenção aos seus pacientes e busquem contribuir nas ações de rastreamento da doença.