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Covid-19: Caixa isola andares, mas mantém servidores trabalhando

Há, ainda, três casos suspeitos de coronavírus no prédio. O banco limitou o acesso desses andares, mas o restante segue ocupado

atualizado

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Vinícius Santa Rosa / Metrópoles
caixa predio banco brasilia
1 de 1 caixa predio banco brasilia - Foto: Vinícius Santa Rosa / Metrópoles

Após a Caixa Econômica Federal registrar o primeiro caso de coronavírus em sua sede, no 15º andar do prédio principal, em Brasília, a terça-feira (18/03) amanheceu com mais três casos suspeitos: na agência capital, no 4º e no 8º andar do prédio.

Fontes do banco afirmaram ao Metrópoles que esses andares foram esvaziados e as equipes dos setores foram mandadas para casa, onde cumprirão quarentena em trabalho remoto. Mas a agência capital segue aberta.

São, no total, 21 andares e o restante dos funcionários ainda trabalham no local. A queixa dos servidores é que, mesmo isolando a região, pessoas de outras equipes podem ter sido contaminadas pelo caso positivo, além de haver a preocupação com os suspeitos. Assim, na avaliação das equipes, os andares não estariam protegidos.

“Não evacuaram o prédio todo. Hoje, duas pessoas estão testando para o Covid-19. Elas já estavam doentes e tiveram contato com o funcionário do 15º andar. Quando eles suspenderão o prédio todo? Isso seria o certo a se fazer”, criticou um servidor do alto escalão à reportagem, que pediu para não ser identificado por medo de represálias.

Até o momento, só foram liberados para o trabalho remoto pessoas que estão no grupo de risco — idosos e que tenham doenças crônicas que podem agravar a situação, como diabetes e doenças cardiovasculares.

Outro servidor, que tem cargo de confiança, contou ao Metrópoles que, em conversas informais com funcionários de cargos superiores, insinuaram que, mesmo com a confirmação do caso de terça e outros dois suspeitos, não deveriam trabalhar de casa.

A reportagem conversou também com funcionários das agências bancárias, que reclamaram de continuarem trabalhando em meio à pandemia do coronavírus. Segundo os servidores, pessoas mais vulneráveis também foram liberadas.

Mas a orientação do banco a todas as agências do Brasil é gastem R$ 300 em cada unidade para a compra de máscaras e álcool em gel. Outras medidas de segurança também foram tomadas, como restringir o acesso às agências de apenas 50% do público que caberia sentado. Ou seja, para aqueles lugares com 12 bancos, entram apenas seis clientes de cada vez.

Outra recomendação foi de limpar cada agência ao menos seis vezes por dia. Entretanto, informou uma servidora, as pessoas da limpeza não são fixas e fazem revezamento em outras agências. “E ninguém falou nada sobre isso até agora. Impossível limpar seis vezes por dia três agências, por exemplo”.

Nesta terça, aumentou de 26 para 34 o número de casos confirmados de coronavírus no Distrito Federal. A informação foi repassada pelo GDF. Do total de infectados, 18 são homens, e 15 mulheres. Nenhum deles com transmissão comunitária (quando não é possível saber como o vírus foi adquirido).

O Metrópoles entrou em contato com a assessoria de imprensa da Caixa, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta sobre o caso.

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