Covid-19: à OMS, Pazuello ignora números do Brasil e defende novo protocolo
O ministro interino da Saúde discursou, por meio de videoconferência, na Assembleia Mundial da Saúde
atualizado
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O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou em discurso à Assembleia Mundial da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta segunda-feira (18/05), que o governo federal está ajustando os protocolos “com base em evidências científicas” de combate à pandemia do novo coronavírus.
Sem se aprofundar em quais seriam essas mudanças, Pazuello não comentou sobre os números alarmantes de infectados da Covid-19 e de óbitos em decorrência do vírus. Segundo dados da pasta divulgados no domingo (17/05), o Brasil registrou 241.080 pessoas com diagnóstico confirmado e 16.118 mortes.
Em breve discurso, Pazuello ressaltou a ajuda federal às regiões Norte e Nordeste, que já têm o sistema de saúde público sobrecarregado.
“O governo conduz avaliações diárias das situações de risco em cada localidade, reforçando estados e municípios com os recursos necessários financeiros, materiais e pessoal para mitigar os efeitos da pandemia. Além disso, o ministério vem ajustando seus protocolos com base em evidências científicas e nas experiências exitosas nacionais e internacionais”, disse.
O ministro interino também defendeu o diálogo entre os três níveis de governo. A declaração vai na contramão do posicionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que faz fortes críticas a governadores e prefeitos, sobretudo àqueles que mantém o isolamento social rígido nas cidades e comércios fechados.
“Por ser o Brasil, um país com dimensões continentais e com características tão diversas, temos estabelecido estratégias adequadas a cada região, através do diálogo entre os três entes federativos, com foco atual na região Norte-Nordeste do país, que são as regiões mais afetadas até o momento”.
Logo quando assumiu interinamente a pasta após a saída do ex-ministro Nelson Teich, o general defendeu medidas diferenciadas para cada região do país para tentar mitigar os impactos econômicos do coronavírus.
“O primeiro ajuste é que o planejamento; precisamos ajustar a não linearidade para cada região, para cada estado, para cada município. Cada um tem as suas diferenças, cada um tem os seus resultados”.