Covid: 12% de crianças e adolescentes foram contaminados em Goiás
Dado faz parte de testagem voluntária nos grupos de 2 até 18 anos feita pela Secretaria de Saúde na capital goiana e em outras cidades
atualizado
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Goiânia – Ao menos 600 crianças e adolescentes foram contaminados, em algum momento passado, pelo coronavírus em Goiás. Eles representam 12,3% de pessoas do grupo que tiveram amostras analisadas em testagem da Covid-19 realizada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O levantamento foi divulgado, na quarta-feira (29/4), pela secretaria. A pasta realizou a testagem ampliada, de 6 a 10 de abril deste ano, em crianças a partir de 2 anos e adolescentes, até 18 anos. As pessoas puderam ir, espontaneamente, aos pontos de coleta de amostras, em Goiânia e demais municípios do estado.
Em 12,3% das 4.888 crianças e adolescentes que tiveram amostras analisadas, a testagem ampliada da Covid-19 identificou a prevalência total de resultados IgG positivo, que indica a presença de anticorpos por causa de contaminação pelo coronavírus em momento passado.
Infecção recente
De acordo com a secretaria, os resultados também sugerem uma prevalência total de anticorpos IgM positivo para a doença no patamar de 3,3%, o que indica uma possível infecção recente nas pessoas do grupo.
Os dados foram apresentados durante a reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus.
Na ocasião, a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, reforçou que a pesquisa não pode ser usada para uma análise da população em geral, mas apenas das pessoas testadas.
“Temos a pretensão de fazer outras testagens, pois queremos acompanhar e entender melhor a dinâmica da doença nessa faixa etária. Então, uma vez só não é suficiente, por isso, pretendemos repetir esse trabalho”, explicou.
Para realizar a ação, o estado utilizou o teste rápido para detecção quantitativa de anticorpos para o vírus Sars-CoV-2, da Bio Manguinhos.
Análise
Além de identificar a infecção pelo coronavírus no grupo testado, o levantamento colheu informações sobre as características socioeconômicas dos participantes.
De acordo com a secretaria, a análise mostrou que não houve diferença significativa de prevalência de IgM e IgG entre os níveis de escolaridade (infantil, fundamental e médio). Também não foi identificada diferença de prevalência de resultados IgM e IgG positivo de acordo com a cor/raça declarada pelo participante.
Com relação à renda familiar mensal, a prevalência de resultados IgM positivo foi de 4,4% para os participantes com renda inferior a um salário mínimo e de 2,8% para aqueles com renda maior ou igual a 7 salários mínimos. No entanto, segundo o governo, não houve diferença significativa entre as pessoas testadas.
A superintendente de Escola de Saúde de Goiás, Viviane Leonel, avaliou que ações como a do levantamento geram um benefício direto para a sociedade. Segundo ela, as análises possibilitam o acesso da população aos testes sorológicos e seus respectivos resultados.
Além disso, Leonel explica que as análises permitem ampliar o conhecimento sobre a epidemiologia da Covid-19 no grupo testado.
“A participação da população foi muito importante neste momento, e esperamos contar, novamente, com a adesão dos pais e com a participação de todos os envolvidos necessários para que mais ações deste tipo sejam realizadas”, frisou.
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