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Covid: 100 milhões ainda precisam tomar 3ª dose; 50% só em fevereiro

Desse total, 54 milhões de brasileiros deveriam tomar a dose de reforço em fevereiro, mas ainda não retornaram aos postos

atualizado

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Mulher de óculos e máscara mostrando agulha com vacina
1 de 1 Mulher de óculos e máscara mostrando agulha com vacina - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Brasil tem discutido a aplicação da quarta dose de vacina contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, mas sequer imunizou metade da população vacinável com a terceira aplicação. E o ritmo lento tem preocupado técnicos do Ministério da Saúde.

Segundo dados do LocalizaSUS, plataforma do Ministério da Saúde sobre a pandemia, 100 milhões de pessoas ainda precisam tomar o reforço.

Desse universo, 54 milhões de brasileiros deveriam tomar a dose de reforço em fevereiro, mas ainda não retornaram aos postos de vacinação.

Ao todo, 45.665.384 pessoas receberam a terceira dose contra a enfermidade até a segunda-feira (14/2), de acordo com as informações disponibilizadas no portal. O índice equivale a 26% da população vacinável.

 

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Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron
No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde
Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus
O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos
Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária
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Inicialmente, apenas a população de imunocomprometidos poderia receber a segunda dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil

Reprodução/Agência Brasil
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Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron

Agência Brasil
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No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde

Agência Brasil
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Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus

Agência Brasil
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O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos

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Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária

Agência Brasil
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No Brasil, nota técnica do Ministério da Saúde, emitida em dezembro de 2021, recomendou que, a partir de quatro meses, a dose fosse aplicada em todos os indivíduos imunocomprometidos, acima de 18 anos de idade, que receberam três doses no esquema primário

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Em 20 de junho, a recomendação abrangia toda a população com 40 anos ou mais

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Em Volta Redonda (RJ) e Botucatu (SP), as prefeituras ampliaram a quarta dose para idosos acima dos 70 anos, pois todos os óbitos registrados nas cidades ocorreram nessa faixa etária

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Desde então não houve redução da faixa etária

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Estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo diminuíram a faixa etária por conta própria e hoje vacinam todos os adultos com 18 anos ou mais

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Em maio, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação do segundo reforço nos idosos com 60 anos ou mais

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O reforço pode ser aplicado em qualquer pessoa maior de 18 anos que tenha recebido as duas doses, respeitando o prazo mínimo recomendado após a segunda aplicação.

Instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), defendem a ampliação da terceira dose. Sobretudo para diminuir a circulação da variante Ômicron.

O que a comunidade médico-científica tem alertado que é essencial aumentar o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única) e ampliar o reforço (terceira dose).

Para o leitor ter dimensão de como a aplicação da terceira dose enfrenta dificuldades, há estados que não atingiram 10% da população vacinável com essa proteção. É o caso de Roraima (6,6%) e do Amapá (6,8%) — veja lista completa no fim da reportagem.

A SBI defende que diversos trabalhos científicos publicados demonstram que contra a variante Ômicron é necessário o esquema com três doses para melhor proteção dos indivíduos.

“Portanto, a medida mais urgente em termos de vacinação para o país é avançar no percentual de pessoas com que já completaram o esquema básico com dose de reforço”, frisa a entidade, em comunicado assinado pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

Ampliar vacinação

A Fiocruz tem o mesmo entendimento e ressalta que é essencial ampliar a imunização para evitar problemas nos atendimentos médicos em áreas com menos estrutura, o que poderia aumentar o número de mortes.

“Precisamos avançar na vacinação e banir estratégias que vêm sendo empregadas para dificultá-la, especialmente na população de crianças de 5 a 11 anos”, salientou a Fiocruz.

O esquema

Conforme as orientações emitidas pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), o imunobiológico da Pfizer será utilizado como dose de reforço em pessoas vacinadas com os imunizantes Coronavac, AstraZeneca e Pfizer.

A opção por essa vacina levou em consideração o aumento da resposta imunológica no esquema heterólogo. Caso o imunizante da Pfizer esteja em falta, os imunobiológicos da Janssen e AstraZeneca também poderão ser utilizados na dose de reforço.

Segundo informações do governo federal, 431 milhões de doses de vacina contra a Covid já foram distribuídas pelo Ministério da Saúde. Ao todo, cerca de 190 milhões são da farmacêutica Pfizer.

Balanço da pasta mostra que 154 milhões de brasileiros foram imunizados com as duas doses ou dose única da vacina contra o coronavírus, o que representa 86% do público-alvo acima de 12 anos. No caso das crianças de 5 a 11 anos, aproximadamente 4 milhões foram imunizadas com a primeira dose – cerca de 20% do total calculado pela Saúde.

Apelo do ministro

Durante agenda em Maceió, no fim de semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a pedir que as pessoas vacinem as crianças entre 5 e 11 anos, e tomem a dose de reforço – terceira dose.

“Cada pai, cada mãe: leve seus filhos para as salas de vacinação. Também precisamos reforçar a terceira dose. Só vamos acabar com a pandemia com a terceira dose e com a vacinação na África”, frisou.

Desde o início da pandemia, 27,5 milhões de pessoas receberam o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, e mais de 639 mil morreram em decorrência da doença.

Veja o percentual da população vacinável que já recebeu a 3ª dose:

  • Ceará – 26,2%
  • Distrito Federal – 26,4%
  • Minas Gerais – 26,8%
  • Mato Grosso do Sul – 33%
  • Piauí – 20,9%
  • Paraná – 25,5%
  • Rio Grande do Sul – 28,8%
  • Santa Catarina – 21%
  • São Paulo –39,3%
  • Acre – 11,6%
  • Alagoas – 17,3%
  • Amazonas – 18,4%
  • Amapá – 6,8%
  • Bahia – 20,8%
  • Espírito Santo – 28,1%
  • Goiás – 18,1%
  • Maranhão – 12,3%
  • Mato Grosso – 14,6%
  • Pará – 10,7%
  • Paraíba – 30,1%
  • Pernambuco – 22%
  • Rio de Janeiro – 23%
  • Rio Grande do Norte – 27,7%
  • Rondônia – 14,9%
  • Roraima – 6,6%
  • Sergipe – 23,4%
  • Tocantins – 13,6%

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