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Covid: 0,4% das pessoas vacinadas no Brasil relataram eventos adversos

No 1º mês de vacinação, 20.473 eventos adversos foram contabilizados no Brasil após aplicação de doses da Coronavac e da Astrazeneca/Oxford

atualizado

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Gustavo Moreno / Especial para o Metrópoles
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1 de 1 Vacina - Foto: Gustavo Moreno / Especial para o Metrópoles

O Ministério da Saúde contabilizou, no período de 18 de janeiro a 18 de fevereiro, 20.473 eventos adversos provocados após a aplicação de doses da vacina Covishield, desenvolvida pelo AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e da vacina Coronavac, da fabricante chinesa Sinovac com o Instituto Butantan.

Os números, obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação (LAI), representam 0,4% das doses que foram aplicadas no primeiro mês de imunização no país. Segundo dados do Our World in Data, até o dia 18 de fevereiro tinham sido aplicadas 5.482.925 doses em todo país.

Presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri lembra que eventos adversos após a vacinação não necessariamente representam um efeito provocado pela vacina, já que qualquer ocorrência médica indesejada que ocorra em até 30 dias após a vacinação é registrada assim.

Para o controle de programas de imunização é importante que os eventos sejam notificados, o que acontece por meio das reclamações feitas por indivíduos vacinados para os profissionais de saúde de um município. Após a investigação, elas são então investigadas pelas prefeituras e pelos estados e enviadas ao Ministério da Saúde.

Dos eventos adversos notificados pelos estados para a pasta, 417 foram graves e 20.056, sem gravidade. Os eventos adversos graves são aqueles em que o indivíduo apresenta algum reação que leva a uma hospitalização, cause alguma disfunção ou até leve à morte. As reações sem gravidade são aquelas sem risco para quem tomou a vacina, como inchaço na região da aplicação ou vermelhidão.

Segundo Kfouri, são os eventos graves que representam maior preocupação e que precisam ser ” investigados individualmente”, para que haja o descarte de casos onde o indivíduo já passaria por algum problema de saúde mesmo sem a vacinação. O número registrado de eventos adversos graves, segundo o MS, representou 0.007% dos eventos registrados.

Minas Gerais é o estado com mais notificações

Entre os números apresentados, Minas Gerais se destaca no alto número de notificações. Com 5.174 eventos adversos, o estado contabilizou 82 eventos adversos graves e 5.092 não graves. Na ocasião, foram aplicadas 579.155 doses de vacinas.

Segundo a Secretaria de Saúde do estado, o alto número de notificações se deu pelo fortalecimento da rede de notificações de casos de Eventos Adversos Pós-Vacinação e a sensibilização dos serviços de saúde sobre a importância dos registros. Kfouri afirma que não há uma explicação científica para o número alto de notificações no estado, a não ser uma vigilância maior por parte das entidades de saúde publica da região.

Outros estados que registraram um alto número foram o Paraná, com 2.815 notificações e o Rio Grande do Sul, com 2.248 eventos adversos registrados.

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