Covas e Boulos começarão mandato sem apoio da maioria entre vereadores
PSDB perdeu espaço para direita ferrenha, representada por MBL e bolsonarista. Esquerda não possui apoio mínimo para aprovar projetos
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Tanto Bruno Covas (PSDB) quanto Guilherme Boulos (PSol) começarão mandato sem apoio da maioria dos eleitos da Câmara de Vereadores.
Na nova configuração legislativa, o PSDB encolheu. Dos atuais 11 vereadores, o partido terá oito a partir de 2021. Já a direita crítica aos tucanos ganhou espaço. Foram eleitos dois afiliados do Partido Novo, um do PSL, três integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), além de Sonaira Fernandes (Republicanos-SP), que foi apoiada diretamente pelo presidente Jair Bolsonaro.
Levando em conta os partidos da esquerda, Bruno Covas começaria o mandato com uma base de 34 vereadores. Menos que o necessário para aprovar votações importantes (são necessários 37 votos).
A situação é pior para Guilherme Boulos. O PSol até pode ter sido o partido que mais cresceu nas eleições de São Paulo – de dois vereadores, na próxima gestão terá seis. Entretanto, em conjunto com o PT, só compõe 14 votos favoráveis para uma futura gestão de Boulos.
Com uma bancada desse tamanho, o ativista não teria condições de aprovar nenhum projeto.
É claro que há espaço para negociar. DEM, Podemos, PSD, MDB e PSB estão para jogo, mas Boulos entraria em campo em desvantagem.