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São Paulo – As escolas públicas e privadas do ensino médio da capital paulista poderão voltar às aulas presenciais a partir de 3 de novembro. Já os ensinos infantil e fundamental seguem apenas com atividades extracurriculares (como aulas de dança, línguas ou música, por exemplo) e de acolhimento, iniciadas em 7 de outubro.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (22/10) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), que lembrou que o retorno às aulas é voluntário para os pais, de acordo com decisão dos conselhos nacional, estadual e municipal de educação e deve seguir os protocolos já estabelecidos.
“Para aqueles que moram em casa com pessoas acima de 60 anos, a recomendação é permanecer no ensino a distância”, afirmou.
A decisão foi tomada após os resultados do primeiro censo sorológico realizados com alunos, professores e funcionários da rede municipal, que prevê a testagem de um total de 129.412 pessoas até 29 de outubro com procura voluntária. Até terça-feira (21/10), foram realizados 65.400 testes, 50,5% do total previsto, sendo que 13,2% apresentaram anticorpos para a Covid-19.
A Secretaria da Saúde avaliou outros dados, como a alta taxa de assintomáticos, de 70%, e a baixa prevalência entre professores (7%). Além disso, é expressivo o número de escolares que convivem com população idosa (25%) – maiores de 60 anos representam 76% dos óbitos por Covid-19 no município, segundo a pasta.
“A prefeitura ofertou o censo de testagem, o que revelou também apenas 50% de interesse por parte da escola e das famílias. Nesse contexto, entende-se que não é oportuna a volta integral das atividades escolares”, afirmou o secretário da Saúde, Edson Aparecido.
Segundo o prefeito, a decisão sobre a liberação de volta às aulas para o ensino infantil e fundamental será anunciada em 19 de novembro com base da segunda fase do censo sorológico e a evolução da pandemia na cidade de São Paulo. “Teremos uma coletiva para anunciar o que acontece e o que fica autorizado a partir de 1 de dezembro”, afirmou.
O prefeito, que tenta a reeleição, vem sofrendo pressão em relação à data para a reabertura das escolas na cidade. Grupos de pais de alunos e representantes de escolas particulares pediam a volta às aulas agora em outubro. Por outro lado, sindicatos de professores defendem o retorno das atividades presenciais apenas em 2021.