Covas anuncia troca do nome do GP Brasil de F1: “Grande Prêmio São Paulo”
Prefeito da capital fez a revelação após o governador de SP, João Doria, anunciar renovação até 2025 das corridas no autódromo de Interlagos
atualizado
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São Paulo – Pouco depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar que a prefeitura da capital fechou acordo para manter a corrida de Fórmula 1 em Interlagos até 2025, o prefeito e candidato à reeleição Bruno Covas (também do PSDB) revelou que o nome do Grande Prêmio será mudado.
Covas não estava na entrevista no começo porque participava de agenda de campanha. Por isso, Doria disse que apenas anunciaria a novidade, mas deixaria Covas explicar. Quando chegou, o prefeito anunciou a troca do nome do evento, de “Grande Prêmio do Brasil” para “Grande Prêmio São Paulo”, sem detalhar muito a motivação. “Foi um esforço conjunto da prefeitura de São Paulo e do Estado”, despistou.
“Mudança é significativa. É a imagem e o nome de São Paulo que vão pro mundo”, afirmou o prefeito.
“Acredito que [ficou em SP] pela consistência e robustez da proposta. Aqui a gente já tem um autódromo, não um projeto. E infraestrutura pra atender, com hotéis, restaurantes. E esse trabalho conjunto entre prefeitura e governo, atuando em parceria e dando tranquilidade pra organização do evento.”
Covas disse ainda que o contrato final está sendo finalizado para ser assinado por ele entre o fim de novembro e o início de dezembro deste ano.
Doria chamou o acordo de “uma grande vitória para São Paulo”.
Doria não disse quem é o derrotado se São Paulo teve uma vitória, mas o sujeito oculto dessa comemoração é o presidente Jair Bolsonaro, que afirmou, na terça-feira (10/11), ao compartilhar a informação de que a Anvisa suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, ter ganhado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Os testes foram liberados no dia seguinte pela agência, mas a relação entre os dos políticos piorou.
“No caso de São Paulo, estamos vencendo a Covid até aqui, e queremos continuar vencendo”, avaliou ele, apesar de o estado ser o epicentro da epidemia no país e ter registrado 40 mil mortos, entre os mais de 160 mil no país.
“Ninguém comemora a morte, ninguém em sã consciência comemora a morte”, criticou ainda Doria, mas também evitando citar o nome de Bolsonaro.
A corrida
E Doria pode comemorar a “vitória” no caso da Fórmula 1 porque o presidente Jair Bolsonaro vinha abertamente advogando pela migração do evento automobilístico para um autódromo a ser construído no Rio de Janeiro, seu domicílio eleitoral.
Em junho do ano passado, Bolsonaro chegou a dizer que havia “99% de chance” de a corrida ir para o estado vizinho.
“Foi a vitória do bom senso, do equilíbrio, de quem não fez especulações nem projeções artificiais”, comemorou o governador tucano.