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Corte em auxílios agravou pobreza durante a pandemia, diz estudo

Relatório aponta que a redução de auxílios, em 2021, foi o principal fator para o aumento das taxas de pobreza e desigualdade no país

atualizado

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Santa Luzia é uma das regiões mais carentes do DF
Pessoas caminhando em Santa Luzia, na Estrutural - Metrópoles
1 de 1 Pessoas caminhando em Santa Luzia, na Estrutural - Metrópoles - Foto: Santa Luzia é uma das regiões mais carentes do DF

Durante o segundo ano da pandemia de Covid-19, 2021, o Brasil atingiu um recorde histórico de pessoas vivendo em situação de pobreza. A realidade, no entanto, poderia ter sido diferente caso o governo federal não tivesse reduzido a acesso a benefícios sociais, aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira (30/11).

A pesquisa mostra que no primeiro ano da emergência de saúde (2019 e 2020), houve uma piora na concentração de renda proveniente do trabalho, o que contribuiu para o aumento das desigualdades. No entanto, a implementação do Auxílio Emergencial ajudou a segurar a taxa, melhorando a distribuição de renda e contendo o aumento da pobreza.

Já em 2021, houve um movimento contrário. O governo interrompeu o pagamento do auxílio durante três meses e, depois, o programa foi retomado com valores e cobertura menores comparado ao ano anterior. De acordo com o estudo, esse foi o principal fator para o aumento recorde das desigualdades e pobreza no país naquele ano.

A pesquisa foi feita pela PUCRS Data Social, em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O relatório aponta que taxa de pobreza aumentou 4,6 pontos percentuais entre 2020 e 2021. Desses, 3,4 pontos podem ser atribuídos às mudanças nas políticas de transferência de renda.

Da mesma forma, a extrema pobreza aumentou 1,9 pontos percentuais, sendo 1,8 ponto causado pelas variações nos auxílios.

“Enquanto o mercado de trabalho se recuperava, as variações nas políticas de auxílio jogaram as desigualdades e as taxas de pobreza lá para cima, atingindo recordes históricos. Ou seja, a grave crise social de 2021 poderia ter sido, no mínimo, bastante amenizada”, destacou Andre Salata, coordenador do PUCRS Data Social e um dos autores do estudo.

Em 2021, uma pesquisa do Observatório das Metrópoles mostrou que a pobreza atingiu 19,8 milhões de brasileiros que vivem em regiões metropolitanas, maior número desde 2012.

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