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Correios: Federação de Trabalhadores rejeita decisão do TST e defende greve

Segundo entidade, “o Judiciário voltou a agir como porta-voz dos Correios, compactuando com a retirada de direitos históricos da categoria”

atualizado

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1 de 1 Correios - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) enviou um comunicado direcionado aos sindicatos dos funcionários dos Correios se posicionando contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), desta segunda-feira (21/9), e sugerindo que a greve continue no país. Mais cedo, o tribunal ordenou a volta das atividades e concedeu reajuste de 2,6% à categoria.

“Conclamamos a todos os trabalhadores e trabalhadoras do país a se manterem firmes na greve diante dos ataques do governo, que usou o Tribunal Superior do Trabalho para atacar os nossos direitos”, diz trecho do informe.

Em nota, a entidade afirmou que “o Judiciário voltou a agir como porta-voz dos Correios, compactuando com a retirada de direitos históricos da categoria”. “Essa decisão, muito embora traga um reajuste, diga-se inferior ao justo a partir de perdas salariais com a inflação, não contempla a categoria porque mantém ataques a direitos duramente conquistados por ano”.

A Fentect orientou que os sindicatos mantenham a realização de assembleias e informou que fará uma reunião, nesta terça-feira (22/9), para avaliar as medidas que serão tomadas após o julgamento do TST.

“Essa decisão representa mais um ataque aos direitos da classe trabalhadora, e um retrocesso a nossa categoria. É mais uma mostra de como o Judiciário se mantém servil ao patronato, atuando de forma político partidária, e se mantendo distante do propósito de justiça e dignidade à classe trabalhadora”, disse José Rivaldo da Silva, secretario-geral da entidade.

Veja o documento:

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Acordo coletivo

A justificativa para a paralisação, segundo a entidade, é que “foram retiradas 70 cláusulas com direitos, como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte e auxílio para filhos com necessidades especiais” da categoria, que constavam em um acordo coletivo.

Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão do então presidente da Corte, Dias Toffoli, e suspendeu 70 das 79 cláusulas do acordo coletivo de trabalho dos trabalhadores dos Correios.

O pedido da suspensão foi feito pelos Correios. A empresa argumentou que não teria como manter as altas despesas, e que precisaria “discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado”.

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